Pesquisa mostra que, no Brasil, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília aparecem entre as 100 metrópoles que mais instigam novos profissionais
O ranking aponta as razões que fazem as cidades atraírem mais talentos. Entre elas, estão universidades adaptadas às necessidade do mercado, flexibilidade nas legislações trabalhistas e incentivo à criação de startups. “O fator humano é o recurso mais importante para a competitividade de um país. Por isso, as nações que são líderes mundiais nesse ranking têm sistemas educacionais que se adaptam rapidamente à necessidade do mercado de trabalho. Também oferecem empregos mais flexíveis e legislação que facilita a criação de startups e de novos empreendimentos”, explica a introdução do estudo.
Para o CEO do Grupo Adecco, Alain Dehaze, um dos financiadores da pesquisa, a atração de profissionais talentosos exige que as empresas estejam dispostas a serem ágeis e flexíveis para atender a mudanças rápidas e, geralmente, férteis. “Isso significa rever a verticalização do comando e a hierarquização dos postos para uma estrutura plana e colaborativa. Saem os departamentos estanques e entram as equipes multidisciplinares. Também é preciso que os governos dêem ferramentas para que as empresas tenham segurança jurídica para implantar essas inovações organizacionais, a fim de que possam atrair cérebros”, comenta.
Cinco pontos que resumem como captar cérebros
O relatório do GTCI detectou nas entrevistas que as cidades e as corporações apostam na diversidade de talentos para construir equipes inovadoras e atender às necessidades dos mercados. Por isso, procuram criar ambientes multiculturais, estimulando a migração de cérebros de várias partes do mundo. “Esse é o ambiente que gera eficiência, competitividade e inovação”, define o documento, que detectou cinco pontos que começam a ser consenso entre os governos e as empresas que buscam captar talentos:
1. Aprender a atrair e aproveitar talentos;
2. A diversidade de conhecimento, de experiências e de perspectivas é que levam à inovação;
3. Inclusão e diversidade devem andar de mãos dadas nos projetos inovadores;
4. Os sistemas educacionais têm uma responsabilidade crucial na construção das novas competências;
5. A capacidade de alavancar talentos requer liderança ousada e visionária no nível das organizações, das cidades e das nações.
Lançado em 2013, o GTCI é um estudo anual que classifica os países e as principais cidades quanto à sua capacidade de atrair, desenvolver e reter talentos. Criado pelo Instituto Europeu de Administração de Empresas (INSEAD), o Grupo Adecco e a TATA Communications, a GTCI fornece uma ferramenta de benchmarking para governos, cidades, empresas e organizações sem fins lucrativos, a fim de ajudar a projetar suas estratégias para atrair talentos, superar as incompatibilidades e serem competitivas no mercado global.
Leia a íntegra da pesquisa do Global Talent Competitiveness Index
Entrevistado
Reportagem com base no relatório da Global Talent Competitiveness Index (GTCI)
Contato: fondation@adeccogroup.com