Tendência: curadoria de imóveis redefine experiência de compra no mercado imobiliário para clientes de alto padrão
Serviço combina análise técnica, sensibilidade arquitetônica e atendimento altamente personalizado a compradores e investidores
Antes ligada apenas ao universo das artes, a curadoria vem ganhando força no mercado imobiliário como uma resposta à oferta crescente de produtos e ao comportamento de um consumidor mais informado, exigente e sem tempo a perder. O conceito parte da ideia de que o imóvel deve ser tratado como uma peça única, selecionada com rigor técnico e sensibilidade, e não como mais um item exposto em vitrines digitais.
Essa abordagem vem obtendo destaque porque reduz o excesso de alternativas e conduz o comprador por um processo mais claro, qualificado e assertivo. Em vez de apresentar dezenas de unidades, o curador analisa o estilo de vida, a rotina, o momento de vida e os objetivos de quem busca um imóvel. O foco é orientar decisões e valorizar experiências, e é por isso que o modelo tem sido apontado como tendência no alto padrão e avança rapidamente em outros segmentos.
Precisão, arquitetura e escuta qualificada

“A curadoria de imóveis reúne análise de mercado, leitura arquitetônica e entendimento profundo das necessidades do cliente”, explica Maria Eugenia Fornea, diretora de expansão da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR). Ela destaca que essa atuação difere da corretagem tradicional porque não trabalha com volume, mas com precisão. “Enquanto a corretagem apresenta o conjunto geral de opções, a curadoria seleciona alternativas alinhadas à rotina, à qualidade espacial e aos objetivos do comprador.”
Segundo Maria Eugenia, o profissional especializado combina repertório arquitetônico com sensibilidade técnica, compreendendo iluminação, proporção, fluxo e impacto urbano. “É como um curador de arte: ele indica o que tem coerência com a pessoa, não o que apenas circula mais no mercado. Curadoria é diminuir ruído e ampliar compreensão”, afirma. Para o cliente, o resultado é mais segurança na decisão; para o investidor, produtos com maior estabilidade e valorização no tempo.
Personalização como diferencial competitivo
No segmento de alto padrão, a curadoria tornou-se indispensável, especialmente para um público que exige agilidade e assertividade. “O cliente não quer perder tempo. Ele quer dizer o que busca e recebe três opções que façam sentido e comprar”, explica Henry Fukner, sócio-fundador da Zireh Imóveis.
Ele relata casos que exemplificam essa mudança de comportamento. “Atendi um cliente que estava há oito meses procurando imóvel. Bastou uma conversa profunda, entendendo o seu momento de vida, para apresentar três opções. E uma delas era exatamente o que ele buscava. Esse é o valor da curadoria”, afirma.
Para Henry, o processo exige duas habilidades fundamentais: ouvir e dominar o mercado. “O comprador fala tudo o que quer e basta saber perguntar e ter escuta ativa. E é preciso ter repertório, conhecer produto, entender regiões, lançamentos e qualidade de projeto”, enumera.
Imóveis vistos como ‘obras de arte’
Fukner reforça a visão que orienta a empresa. “Sempre valorizamos o imóvel como uma obra de arte. Ele precisa ser apresentado com respeito, posicionado como prazer e conquista. Nosso mercado vende sonhos, e a curadoria nasceu com essa alma”.

Além disso, o especialista aponta que o estudo profundo dos produtos é primordial para apresentar o imóvel certo para o cliente adequado. “Estudamos cada praça, cada legislação e cada parceiro. Curadoria é isso: preparo e aprofundamento”, diz.
A tecnologia também integra o processo, com uso de ferramentas de IA para análise de perfis e seleção de produtos, mas sempre como apoio ao profissional, nunca substituição da escuta humana.
Uma tendência que deve se consolidar
Para Fukner, o futuro do setor será dominado por quem souber se adaptar. “Quem oferecer atendimento personalizado e técnico vai dominar o mercado”, alerta. A curadoria de imóveis, portanto, deixa de ser apenas um diferencial e se consolida como uma evolução natural do mercado imobiliário, sendo mais seletivo, mais humano e mais orientado à experiência do cliente.
Entrevistados
Maria Eugenia Fornea é economista formada pela UFPR, engenheira civil pela PUCPR, especialista em Planejamento e Desenho de Cidades pela PUCPR e em Cidades Responsivas pelo Responsive Cities Institute. Mestranda em Gestão Urbana pela PUCPR, atua há mais de 15 anos no mercado imobiliário. É fundadora e atual CEO da incorporadora curitibana Weefor e do Instituto WF, e diretora de expansão da ADEMI-PR.
Henry Fukner é sócio-fundador da Zireh Imóveis.
Contatos
mef@weefor.com.br
henry@zireh.com.br
Jornalista responsável
Ana Carvalho
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