Santa Catarina vira QG de centros logísticos portuários
Empreendimentos nos municípios de Itapoá e Navegantes colocam estado na posição de vanguarda em termos de instalações para receber e armazenar cargas
Empreendimentos nos municípios de Itapoá e Navegantes colocam estado na posição de vanguarda em termos de instalações para receber e armazenar cargas
Por: Altair Santos
Com portos competitivos e uma posição geográfica estratégica, Santa Catarina começa a se tornar referência para investidores em centros de logística. Na região de Itapoá, no litoral norte do estado, e em Navegantes – município a 20 km de Itajaí – despontam duas obras que simbolizam bem esse novo perfil da economia catarinense. Uma é o CLIF (Centro Logístico Integrado) que iniciou suas operações no dia 7 de maio de 2014, oferecendo uma superestrutura capaz de atender empresas dos mais variados setores; outra é o Navpark, ainda em fase de construção.
Uma característica de alguns centros de logística é que eles operam dentro do sistema Build to Suit – uma modalidade imobiliária que permite adaptar a estrutura física do imóvel às mais variadas necessidades do locatário. Além disso, utilizam em suas construções o que há de mais recomendado para estruturas deste tipo, como peças de concreto pré-moldado e pisos de concreto com revestimento de alto desempenho, além de pavimentação rígida no entorno de suas instalações para receber, principalmente, carregamento de contêineres. Só no CLIF ,em Itapoá, o volume total de concreto utilizado na construção foi de 12.000 m³.
Segundo o sócio-diretor da empresa, Carlos da Rosa, o CLIF é o maior investimento privado já realizado na retroárea do porto. Sua construção está adequada ao perfil do terminal portuário de Itapoá, que já é o segundo em volume de cargas em Santa Catarina e o único apto a receber os maiores navios de contêineres em operação na América do Sul. Só no primeiro semestre de 2014, o porto já havia atracado mais de 1.300 embarcações e movimentado aproximadamente um milhão de TEUS (do inglês Twenty-foot Equivalent Unit – medida padrão para contêineres, equivalente a 20 pés de comprimento, por 8 de largura e 8 de altura).
No Navpark, em Navegantes, o volume de concreto tende a passar de 150 mil m³. Com investimento de R$ 150 milhões, o centro de logística entrará em operação em 2015 e terá mais de 200 mil m² de área, com 85 galpões, escritórios e heliponto. De acordo com o diretor da Torresani, Jorge Alexandre Kuzer, o projeto está na fase final e já há interesse de investidores de todo o Brasil. O empreendimento fica a 4 km da BR-101 e a 20 km do Porto de Itajaí. Seu projeto também prevê uma área expandida de mais 150 mil m².
Projetado para ter uma arquitetura flexível, o Navpark permite o deslocamento de paredes, além de outras características singulares. Entre elas, o pé direito, que pode chegar a 14 m, a resistência do piso, projetado para suportar 6 tf/m² (toneladas-força por metro quadrado) e a distância de 22,5 m entre os pilares, o que amplia a capacidade de armazenamento. Além disso, o centro de logística não esqueceu da sustentabilidade. Possui máximo aproveitamento da iluminação e da ventilação naturais, reúso da água da chuva e estação de tratamento de efluentes.
Entrevistados
Carlos Roberto da Rosa, CEO e Presidente do Conselho de Administração do CLIF – Centro Logístico Integrado -, em Itapoá (SC).
Jorge Alexandre Kuzer, diretor da Torresani Brasil Administração e Participações Ltda.
Contatos
www.oclif.com.br/pt/contato
www.navpark.com.br/contato
Créditos Fotos: Divulgação/Torresani Brasil/CLIF
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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