Rodovia da Uva terá novo trecho duplicado em concreto
Via atual receberá whitetopping e nova pista será feita com pavimento rígido
Em outubro, o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), vinculado à Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL), divulgou o edital para a obra de duplicação em pavimento de concreto da PR-417, no trecho entre Curitiba e Colombo, abrangendo 4,52 quilômetros.
A via atual passará por restauração e receberá uma nova camada de pavimento rígido em concreto, método conhecido como whitetopping. A nova pista prevista no projeto também será construída em concreto.
O objetivo é completar a duplicação da Rodovia da Uva, principal ligação de Colombo com Curitiba e municípios da Região Metropolitana, trazendo mais segurança e desenvolvimento para os moradores e o setor produtivo, segundo o secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, Sandro Alex.
“O primeiro trecho entregamos há alguns anos, com seis faixas de tráfego e um novo viaduto dentro de Colombo, e agora estamos prontos para esta nova etapa, trazendo mais um grande investimento para a Grande Curitiba”, lembra Alex.
De acordo com Janice Kazmierczak Soares, diretora técnica do DER/PR, neste primeiro trecho realizado, já foram observados resultados relevantes, como a otimização do fluxo viário, a redução do tempo de deslocamento e a diminuição dos acidentes.
Ainda segundo Janice, os principais indicadores que motivaram a duplicação deste novo trecho com pavimento de concreto foram a contagem de tráfego, a velocidade média no trecho e o número de acidentes.

Crédito: DER-PR
Trecho a ser duplicado na Rodovia da Uva
De acordo com o DER/PR, o segmento tem início no cruzamento com a Rua Theodoro Makiolka, em Curitiba, onde será construída uma passagem inferior no lugar do entroncamento atual. Ao longo do traçado, estão previstos mais três viadutos: uma passagem superior próxima à Rua Lauro Dromlewicz, uma passagem inferior que substituirá a rotatória com a Rua Odonis Bighi e outra estrutura nas proximidades da Rua Francisco Manika.
O projeto inclui também a implantação de uma passarela para pedestres nas proximidades da Rua Mathias Valesco, a ampliação da ponte sobre o Rio Atuba e a construção de uma nova rotatória ao final do trecho, no ponto de ligação com o Contorno Norte de Curitiba (PR-418).
A obra ainda contempla a implantação de nova sinalização horizontal e vertical, além de dispositivos de segurança viária, como barreiras de concreto tipo New Jersey e defensas metálicas. A iluminação da rodovia ao longo de todo o trecho também está prevista, incluindo vias marginais, rotatórias e retornos.
Estão incluídas ainda a adequação e ampliação do sistema de drenagem, intervenções no leito do Rio Atuba, o plantio de vegetação nas áreas laterais da pista e nos cruzamentos, a construção de passeios para pedestres, soluções de acessibilidade, pontos de parada de ônibus, entre outros serviços complementares.
Desafios
Quando se trata de obras no perímetro urbano, uma das grandes questões é lidar com o fluxo de veículos. “Principalmente com o volume de faixas de rolamento e vias marginais que estamos prevendo”, explica o diretor-presidente do DER/PR, Fernando Furiatti. Para evitar problemas, o projeto prevê aproveitar ao máximo a faixa de domínio da rodovia e contará com soluções para sistemas de contenção, em cerca de 33 locais diferentes no trecho.
“Na elaboração do projeto básico para a duplicação da Rodovia da Uva, considerando a falta de espaço para comportar os taludes resultantes dos cortes e aterros a serem realizados durante a construção da obra, foram projetadas contenções visando o suporte a esses desníveis sem a necessidade de grandes taludes, e por conseguinte, redução das desapropriações. As contenções desempenham um papel essencial na viabilidade das rodovias, permitindo que a estrada seja construída em terrenos irregulares, conectando diferentes níveis do relevo em espaços apertados. Essa escolha decorre de um cuidadoso estudo para garantir a segurança, a durabilidade e a preservação ambiental. Com as soluções adequadas, é possível minimizar os riscos e manter a integridade da rodovia e dos terrenos lindeiros”, afirma Janice.
De acordo com a diretora técnica do DER/PR, os principais fatores que contribuem para a complexidade técnica da obra são:
• Interferência com infraestruturas de serviços públicos: A presença de redes de serviços públicos como água, esgoto, gás, energia elétrica, telefonia e dados, exige um mapeamento detalhado e a coordenação de projetos para evitar conflitos e danos durante a obra;
• Gestão do tráfego local: Por tratar-se de local com alta densidade populacional e tráfego intenso, será necessário gerenciar continuamente o fluxo de veículos e pedestres com uma sinalização clara principalmente nos desvios, garantindo a segurança e minimizando interrupções;
• Condições geográficas e ambientais: As características geográficas da região, incluindo solo suscetível à erosão e relevo bastante ondulado, são fatores que afetam o planejamento e a execução das interseções em desnível;
• Logística de materiais e equipamentos: O espaço limitado em áreas urbanas dificulta a estocagem de materiais e a movimentação de equipamentos de grande porte, exigindo um planejamento logístico eficiente;
• Integração com elementos urbanos: A obra deve considerar a integração com a infraestrutura urbana existente bem como seus projetos de expansão.
“Obras rodoviárias em ambientes urbanos precisam promover a integração com a infraestrutura existente, envolvendo múltiplas disciplinas e a necessidade de minimizar os impactos para a população afetada, conciliando as demandas dos usuários da rodovia com as restrições físicas e operacionais do ambiente urbano”, informa Janice.

Crédito: DER-PR
Contratação sem-integrada
De acordo com o DER, o edital adotará a modalidade de Contratação Semi-integrada, na qual a empresa vencedora será responsável tanto pela elaboração do projeto executivo de engenharia quanto pela execução das obras.
“A contratação semi-integrada é utilizada quando a administração tem os projetos básicos. Ela permite pequenos ajustes para melhor adequação técnica às características locais, nas especificidades não identificadas na fase de projeto básico”, afirma Janice.
Prazo e orçamento das obras
O edital prevê que as obras durem 630 dias (21 meses). Destes, 90 dias serão utilizados ao desenvolvimento do projeto e 540 dias à realização da duplicação.
O orçamento da obra não foi divulgado. De acordo com o DER, o intuito é incentivar as empresas interessadas a analisarem detalhadamente o edital e seus anexos na formulação de suas propostas.
Fonte
Janice Kazmierczak Soares é diretora técnica do DER/PR.
Contato
Assessoria de imprensa – comunicacao@der.pr.gov.br
Jornalista responsável:
Marina Pastore – DRT 48378/SP
Vogg Experience
Cadastre-se no Massa Cinzenta e fique por dentro do mundo da construção civil.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.

Massa Cinzenta
Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.
15/05/2024
MASP realiza o maior projeto de restauro desde a sua inauguração
MASP passa por obras de restauro em suas estruturas. Crédito: Assessoria de Imprensa / MASP Quem passa pela Avenida Paulista vem notando uma diferença significativa na…
18/12/2025
Caixa e USP lançam plataforma para medir e reduzir CO₂ em habitações de interesse social
A Caixa Econômica Federal, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), lançou o BIPC (Benchmark Iterativo para Projetos de Baixo Carbono), uma plataforma que promete mudar…
18/12/2025
Reforma Tributária: o que muda para 2026 e como a construção civil deve se preparar
A reforma tributária inicia em 2026 sua fase mais sensível para a construção civil. Embora a carga de impostos não mude imediatamente, o ano marca o começo da convivência entre…
18/12/2025
Conexão CBIC debate principais desafios do setor da construção
No dia 02 de dezembro, foi realizado o Conexão CBIC, evento realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Na ocasião, empresários, representantes do poder…
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.
Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS
Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32
Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40
Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.
Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI
O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.









