Estudo sobre Revolução 4.0 diz quais empregos vão sumir

6 de setembro de 2017

Estudo sobre Revolução 4.0 diz quais empregos vão sumir

Estudo sobre Revolução 4.0 diz quais empregos vão sumir 600 450 Cimento Itambé

Pesquisa indica que mais da metade das profissões hoje ofertadas no mundo estará suscetível a ser substituída por máquinas

Por: Altair Santos

O Instituto Global McKinsey, nos Estados Unidos, publicou o mais completo estudo sobre o impacto da Revolução Industrial 4.0 no emprego mundial. O levantamento mensurou quais profissões estão mais ameaçadas pela automação e pela robótica e mostra o porquê das empresas estarem propensas a trocar seres humanos por robôs. A pesquisa leva em conta a transformação que a Revolução 4.0 irá causar no mercado de trabalho até 2075. Ela sugere que 51% dos empregos hoje ofertados no mundo estão suscetíveis a serem substituídos 100% por máquinas.

Pesquisa mostra o avanço das máquinas no mercado de trabalho, e como o homem terá de aprender a conviver com elas

Pesquisa mostra o avanço das máquinas no mercado de trabalho, e como o homem terá de aprender a conviver com elas

O estudo lembra que algumas profissões já sofrem diretamente o impacto da automação e da robótica. Um exemplo é o profissional que exercia a função de caixa bancário e foi substituído por máquinas que aceitam depósitos, fornecem dinheiro, aceitam pagamento de contas e fazem investimentos. O mesmo vai ocorrer com caixas em estabelecimentos comerciais, prevê a pesquisa, lembrando que funções que exigem raciocínio repetitivo e trabalho braçal estão todas fadadas a serem substituídas por robôs. De operário a costureiras em fábricas de confecções, todos estão na lista.

A construção civil e a mineração também tendem a ser áreas muito impactadas pela presença da robótica. Assentar tijolos, rebocar paredes, pintar, armar ferragens, concretar e demolir são funções que máquinas já começaram a desempenhar. O relatório do Instituto Global McKinsey faz a seguinte análise: “A automação pode permitir que as empresas melhorem o desempenho, reduzam erros, elevem a qualidade e a velocidade e, em alguns casos, alcancem resultados que ultrapassem a capacidade humana”. Ainda segundo o estudo, a produtividade global pode aumentar de 0,8% a 1,4% com a entrada dos robôs no mercado de trabalho.

Haverá desemprego em massa?
O estudo aponta que apenas 5% das profissões hoje conhecidas não estariam ameaçadas pela robótica e a automação. A pesquisa traz ainda dados mais impressionantes. Aponta que as empresas podem economizar o equivalente a US $ 15 trilhões em salários anualmente. Revela também que na China a automação pode colocar em risco 395 milhões de postos de trabalho; na Índia, 235 milhões; nos Estados Unidos, 60 milhões, e no Brasil, quase 54 milhões. O Instituto Global McKinsey estabelece o ano de 2055 como um marco para o aprofundamento das transformações, mas alerta que, dependendo do país, elas podem chegar 20 anos antes (2035) ou 20 anos depois (2075).

Para os pesquisadores, há uma certeza: a forma como as pessoas trabalham hoje vai mudar. “A escala de mudanças na força de trabalho é de uma ordem de grandeza semelhante às mudanças tecnológicas ocorridas entre o final do século XIX e o decorrer do século XX. O mundo deixou de ser agrícola para se tornar industrial. Essas mudanças não resultaram em desemprego em massa, pois foram acompanhadas pela criação de novos tipos de trabalho. Não podemos dizer definitivamente se o cenário será diferente desta vez. Nossa análise mostra que os seres humanos ainda serão necessários na força de trabalho. Mas eles terão de aprender a trabalhar ao lado das máquinas”, conclui o estudo.

Clique aqui e leia o estudo completo do Instituto Global McKinsey.

Entrevistado
Instituto Global McKinsey, com base em pesquisa liderada por James Manyika, Michael Chui, Mehdi Miremadi, Jacques Bughin, Katy George, Paul Willmott e Martin Dewhurst

Contato
media_relations_inbox@mckinsey.com

Crédito Foto: McKinsey Global Institute

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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