Profissional do futuro é o que estuda constantemente

Em palestra na 23ª Semana da Engenharia, Arthur Igreja revela que mudanças têm sido tão velozes que apenas os “conectados” podem acompanhá-las

Em palestra na 23ª Semana da Engenharia, Arthur Igreja revela que mudanças têm sido tão velozes que apenas os “conectados” podem acompanhá-las

Arthur Igreja: Brasil tem oportunidades colossais, por estar muito atrasado
Arthur Igreja: Brasil tem oportunidades colossais, por estar muito atrasado

Esqueça geração X, geração Y, geração milênio ou geração Z. Não é o ciclo em que um profissional nasceu que vai definir se ele será bem-sucedido ou não. O que é importante é estar conectado com o mundo atual, e constantemente aprendendo. Isso vale para um senhor de 80 anos ou para um jovem de 18 anos, que recém-ingressou em uma universidade. A tese é do palestrante Arthur Igreja, especialista em inovação desruptiva, que a expôs na 23ª Semana da Engenharia, promovida recentemente pelo Instituto de Engenharia do Paraná.

Igreja justifica porque o profissional do futuro precisa estar constantemente atualizado. “As inovações acontecem a uma velocidade tão intensa, que quando você começa a entender uma a próxima já veio. As mudanças estão ridiculamente rápidas”, diz, citando de que forma as pessoas são impactadas pelas novas tecnologias. “No século passado, para que 50 milhões de pessoas pudessem ter um telefone fixo, foram necessários 75 anos. Já para que 50 milhões pudessem ter Facebook, levou 3 anos. Tudo isso é fruto da internet”, reforça.

Em sua palestra, Arthur Igreja frisou que não existe mais empresa de tecnologia. Por um simples motivo: todas as empresas são de tecnologia. “Uma companhia de aviação não consegue tirar o avião do chão sem tecnologia. Na engenharia, projetar ou construir uma obra já está cada vez mais dependente das tecnologias. Por isso, o profissional precisa estar conectado a tudo isso”, revela. Arthur Igreja ainda propõe que os profissionais excluam de seus vocabulários a seguinte frase: “Eu domino esse assunto”. “Ninguém domina mais nada”, afirma.

Por compreender o momento, as startups (empresas que atuam com inovações) são atualmente as que mais enriquecem, cita o palestrante. “Antigamente, uma empresa levava 25 anos para atingir lucro de um milhão de dólares. Hoje, existem startups ficando milionárias em 36 meses”, diz Arthur Igreja, citando a Uber (compartilhamento de carros) como um exemplo. “A Uber impactou desde a indústria automobilística até a indústria de bebidas. A tecnologia permeia tudo, e de forma transversal. Nada está imune”, assegura.

Base da tecnologia está na engenharia

Arthur Igreja reforçou que um dos profissionais melhor posicionados neste mundo de rupturas tecnológicas é o engenheiro, independentemente de sua formação. “Quem é a base de toda essa transformação? São os engenheiros. Mas é preciso entender e acompanhar as transformações. Um exemplo ocorre na medicina, onde o volume de dados, artigos e descobertas dobra a cada 24 meses. O médico está se transformando em um engenheiro da saúde”, compara.

Outra mudança a que os profissionais precisam ficar atentos está relacionada com a inteligência artificial (AI). Arthur Igreja lembra que hoje, sem perceber, um bilhão de pessoas já se beneficiam da AI. Ele recorda ainda que as cinco maiores empresas do mundo, atualmente, já estão conectadas à tecnologia, e faturando 3 trilhões de dólares por ano. “E qual é o tipo de profissional que essas empresas procuram? São aqueles capazes de gerar ativos intelectuais refinados”, descreve o palestrante, completando que as atividades primárias, em um futuro que não está longe, serão todas replicadas por máquinas.

Quanto ao Brasil, Arthur Igreja assegura que se trata de um país com “colossais oportunidades” para a inovação. Por uma única razão: está tudo atrasado e há muito por fazer. “Nos Estados Unidos, por exemplo, inovar já passou a ser competência básica das empresas. Aqui, ainda não. Ou seja, o Brasil tem oportunidades colossais para crescer nas tecnologias desruptivas, pois o país está muito atrasado em tecnologias. Porém, as conversas estão muito atrasadas”, relata, finalizando que são necessárias ações que destravem as barreiras que impedem a tecnologia de chegar ao Brasil.

Entrevistado
Arthur Igreja, empresário, investidor-anjo, palestrante e professor da FGV
(com base em palestra apresentada na 23ª Semana de Engenharia, promovida pelo Instituto de Engenharia do Paraná)

Contato: arthur.igreja@gmail.com

Crédito Foto: Enefotos/IEP

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


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