Poder analítico abre “neocarreiras” aos engenheiros
Há uma série de novas profissões que compete com o mercado da construção civil por especialistas da engenharia, porém exige-se qualificação extra.
Há uma série de novas profissões que competem com o mercado da construção civil por profissionais especializados em engenharia, porém exige-se qualificação extra
Por: Altair Santos
Gestor de reestruturação, gerente de projetos, gestor de contratos, gerente de operações, desenvolvedor de novos negócios, gerente de planejamento, gestor de infraestrutura,… Quem já não ouviu falar nestas novas nomenclaturas dentro do organograma de uma empresa? Pois em todas elas, o engenheiro se encaixa. Pela capacidade de liderar, de fazer mais com menos, de focar em resultados e de executar tarefas, os profissionais de engenharia, em especial a da civil, não limitam mais o seu campo de atuação ao canteiro de obras.
Segundo levantamento da consultoria de recursos humanos Michael Page, isso mostra porque a demanda por engenheiros continuará alta no Brasil, independentemente do ritmo das obras. Só que o estudo também faz um alerta: essas novas carreiras exigem novas especializações dos profissionais de engenharia, como pós-graduação, MBA e fluência em outros idiomas. “Os engenheiros que assumem posições em outras áreas precisam buscar outras capacitações, como finanças. Além disso, o conhecimento de, no mínimo, um segundo idioma, é essencial para cargos executivos”, afirma Leandro Muniz, headhunter da Michael Page.
O especialista avalia que as “neocarreiras” se oferecem aos engenheiros porque esses profissionais conseguem raciocinar sobre um problema e muitas vezes antecipar soluções. “Os engenheiros são demandados pela capacidade analítica que possuem. Em posições que exigem reestruturação, projetos e avaliação de contratos esta virtude é fundamental, assim como a experiência prévia”, diz Leandro Muniz, completando que a capacidade de o engenheiro produzir mais com menos também é bastante valorizada: “Este é um dos requisitos mais importantes para um executivo que quer exercer essas novas profissões em uma corporação.”
Entre as empresas que mais geram “neocarreiras” estão as de logística, consultoria e telecomunicações. Por isso, em função dessa demanda por engenheiros, que extrapola o canteiro de obras ou o chão da fábrica, o mercado para esses profissionais tende a seguir aquecido, avalia o headhunter da Michael Page. “O mercado para bons profissionais, independentemente da formação ou segmento, permanece muito aquecido. Especialmente para aqueles que conseguem melhorar a eficiência das empresas. Neste quesito, os engenheiros estão mais valorizados. Nós mesmos, da Michael Page, recebemos várias consultas de Companhias que carecem de engenheiros para cargos de gestão”, afirma Leandro Muniz.
De acordo com levantamento da Michael Page, 37% das empresas brasileiras buscam engenheiros para cargos de gestão contra 25% das que preferem graduados em administração e em outras profissões. O inglês é requisito para 51% delas. As Companhias também exigem que 43% tenham conhecimento de gestão de pessoas, 31% de relações interpessoais, 19% de liderança, 12% de foco em resultados e 9% de capacidade de execução.
Entrevistado
Leandro Muniz, headhunter da Michael Page
Currículo
– Leandro Muniz é graduado em engenharia civil, com MBA em finanças pela Ibmec Business School
– Trabalhou como consultor financeiro e coordenador de projetos na Votorantim Industrial e Votorantim Cimentos por quase 10 anos
– É headhunter da Michael Page desde 2010
Contatos: www.michaelpage.com.br / micheaelpage@michaelpage.com.br
Créditos foto: Divulgação autorizada
Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330
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