Piso intertravado de concreto transforma ruas de Fortaleza; veja vantagens

Programa de infraestrutura já contemplou 591 vias, com investimento de cerca de R$ 580 milhões

Piso intertravado foi escolhido para pavimentar ruas de Fortaleza.
Crédito: Alex Costa/Prefeitura de Fortaleza

A Prefeitura de Fortaleza começa nesta terça-feira (10/10) a última fase das obras de urbanização da rua 24 de Maio, que terá seus 340 metros de extensão feitos com piso de concreto intertravado. A medida faz parte do Programa de Infraestrutura em Educação e Saneamento de Fortaleza (Proinfra), que tem como objetivo transformar as ruas da cidade com a nova pavimentação, garantindo melhor mobilidade e qualidade de vida aos moradores.

De acordo com informações obtidas pelo Massa Cinzenta junto à Prefeitura, até agora, 591 vias já passaram por obras de infraestrutura, que, além da pavimentação com blocos de concreto, também englobam outras intervenções, como construção de sistema de drenagem e novas calçadas.

A meta é renovar 1.115 ruas distribuídas pelas 12 Regionais da cidade, beneficiando mais de 160 mil pessoas. Já foram investidos cerca de R$ 580 milhões na viabilização das obras, e, ainda neste ano, Fortaleza deverá investir mais R$ 171 milhões, aproximadamente. 

Em relação à escolha no piso intertravado, a Prefeitura destaca que a pavimentação pode reduzir a sensação térmica em até 10 ºC, onde for instalada, amenizando a temperatura em períodos muito quentes. Samuel Dias, secretário da Infraestrutura, diz que a iniciativa vem sendo colocada em prática na cidade desde 2020 e que Paris também adota uma estratégia semelhante. “A capital francesa anunciou neste ano que planeja eliminar 40% de suas ruas asfaltadas por alternativas mais sustentáveis como o piso intertravado, além do plantio de árvores em áreas urbanas, visando a melhoria da sensação térmica e a qualidade do ar.”

O engenheiro civil Alex Maschio, consultor da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e diretor do Instituto Ruas, reforça as vantagens obtidas com o uso do piso intertravado, que, segundo ele, são basicamente as mesmas geradas com a utilização do pavimento de concreto ou o whitetooping: maior durabilidade, menos absorção de calor, diminuição da necessidade de iluminação, entre outros benefícios. 

Prefeitura está na reta final para pavimentar com concreto intertravado a rua 24 de Maio.
Crédito: Daniel Calvet/Prefeitura de Fortaleza

“Um item que no intertravado fica mais ressaltado é a questão de você poder fazer uma manutenção, por exemplo, uma base, um afundamento. Você tira o material, refaz ali toda a sua composição de estrutura e reaproveita o mesmo intertravado”, explica Maschio.

O especialista afirma que o intertravado de concreto pode ser usado em qualquer situação, mas que apenas não é muito indicado para o caso de solos muito moles, porque o piso “funciona muito similar ao asfalto”: não deixa de ser um pavimento flexível, mas com revestimento rígido. Por isso, nesse caso, seria necessária uma estrutura mais reforçada para dar condição de suporte. “O pavimento de concreto moldado em loco seria uma opção mais interessante”, diz.

Ainda sobre a comparação entre o intertravado e o pavimento de concreto, Maschio conta que os custos são similares, mas que, no caso da execução, o processo do intertravado acaba sendo mais fácil, já que as peças vêm prontas, pré-fabricadas. Por outro lado, “o pavimento rígido é executado mais rápido, pois o intertravado, na maioria dos casos, tem execução manual, e aí acaba demorando um pouquinho mais”, detalha o engenheiro civil.

Fontes
Prefeitura de Fortaleza
Alex Maschio, engenheiro civil e consultor da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e diretor do Instituto Ruas

Jornalista responsável
Fabiana Seragusa 
Vogg Experience



Massa Cinzenta

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