Pequenas empresas despertam para a ISO 9001
Busca pela certificação tem atraído muitas construtoras, pois tornou-se exigência do PBQP-H para a concessão de financiamento público.
Busca pela certificação tem atraído muitas construtoras, pois tornou-se exigência do PBQP-H para a concessão de financiamento público
Por: Altair Santos
Quando se fala em melhorar a operacionalidade, ampliar a participação no mercado, reduzir os custos, gerenciar riscos e atingir a satisfação do cliente, nenhuma outra estrutura de qualidade é melhor que a ABNT NBR ISO 9001. Para conduzir aos objetivos traçados, a norma se sustenta sobre três pilares: melhoria da satisfação dos clientes, motivação dos colaboradores e superação contínua. Há mais de uma década, as grandes empresas brasileiras sabem que o caminho para alcançar essas metas é ter a certificação. Desde 2008, quando saiu uma nova versão, a qual facilitou o entendimento da norma, são as pequenas empresas nacionais que passaram a despertar para a ISO 9001.
Atualmente, segundo dados da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) já existem 35.000 certificados de ISO 9001 emitidos no Brasil. Deste volume, 3.798 abrangem pequenas empresas, entre as quais 934 são ligadas à construção civil. Segundo o consultor de empresas, com foco em diagnóstico e análise da estrutura organizacional e mapeamento de processos, Carlos Bonetti, boa parte destas 934 são construtoras. “Por dois motivos: o amadurecimento do mercado, com o consequente aumento da competitividade, e a exigência da certificação junto ao PBQP-H (Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade-Habitar) para se obter financiamento público para a construção de moradias”, explica.
Para Carlos Bonetti , quando uma pequena empresa se propõe a obter a ISO 9001 ela está disposta a quebrar paradigmas. De acordo com o especialista, seriam três: certificação é possível e é acessível, gestão profissional não é perda de controle e retenção de talentos não é moda ou privilégio de multinacionais. Bonetti também destaca que os requisitos da ISO 9001 pedidos para grandes e médias corporações são os mesmos solicitados às pequenas. “Os critérios têm como base princípios gerenciais consagrados na década passada: foco no cliente, liderança, abordagem de processo e melhoria contínua”, afirma, completando que tratam-se de componentes essenciais para a empresa que busca crescimento sustentado, independentemente do tamanho.
Qualquer empresa que queira adotar a ISO 9001 precisa ter consciência de que passará por mudanças, em menor ou maior grau. “O nível de transformação será de acordo com o grau de maturidade da organização. Mas as transformações sempre são positivas. A minha experiência com empresas certificadas mostra que a opção pela certificação é uma decisão acertada, com melhorias ao longo de toda a cadeia produtiva”, ressalta o especialista, mostrando os pontos comuns entre as empresas que buscam se adequar à norma: “O perfil é de companhias em expansão de seus negócios e que querem evitar um crescimento desordenado, que provoque descompasso entre vendas e produção.”
Quando adotada, a certificação traz conquistas às empresas que podem ser divididas em dois grupos: financeiras e não financeiras.
Financeiras
Maior organização e controle dos processos internos
Redução dos custos operacionais
Melhorias nos produtos e serviços fornecidos
Redução de refugos e retrabalhos
Melhorias sustentadas e nas performances
Produtividade
Não financeiras
Melhorias nas operações
Melhorias na motivação
Melhoria de imagem (interna e externamente)
Melhoria do desempenho produtivo
Já, quanto ao custo para a implantação da ISO 9001, vai depender do investimento, do tempo, do tamanho da empresa, do grau de maturidade e, principalmente, do grau de comprometimento da alta direção. “O que indico ao empresário é que o planejado não é caro, ou seja, ele precisa planejar a certificação como um investimento e analisar criteriosamente o custo/benefício e o prazo estimado de retorno financeiro”, sugere Carlos Bonetti. Na média do mercado, a implantação de uma ISO 9001 em uma pequena empresa pode custar de R$ 15 mil a R$ 40 mil, dependendo da organização que a Companhia já possua e do tempo para consolidar a certificação, que pode variar de seis meses a um ano.
Entrevistado
Carlos Bonetti, consultor de empresas, com foco em diagnóstico e análise da estrutura organizacional e mapeamento de processos.
Currículo
– Carlos Benetti é graduado em química, com especialização em gerenciamento ambiental na indústria e MBAs em estratégia e gestão empresarial, pela UFPR, e em finanças, auditoria e controladoria pela FGV-ISAE
– É instrutor, professor e atua como consultor de empresas com foco em diagnóstico e análise da estrutura organizacional e mapeamento de processos
– Tem experiência de mais de 20 anos em indústria química nas áreas de projetos, suprimentos e gestão de sistemas da qualidade, meio ambiente e segurança industrial
– Atuou como consultor e diretor industrial em empresa metalúrgica e possui vivência como facilitador de inovação e compliance
Contatos: carlos.paula@bsiexternal.com / carlos-benetti@hotmail.com
Créditos fotos: Divulgação autorizada
Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330
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