No rastro dos estudantes, executivos aderem aos intercâmbios fora do país

21 de novembro de 2011

No rastro dos estudantes, executivos aderem aos intercâmbios fora do país

No rastro dos estudantes, executivos aderem aos intercâmbios fora do país 150 150 Cimento Itambé

Profissionais têm optado por duas modalidades: o internship, que é um programa de estágio em empresas estrangeiras, e os cursos de extensão em universidades no exterior

Por: Altair Santos

Desde 2006, as agências especializadas em intercâmbio no exterior detectam que a busca de conhecimento fora do país tem se tornado uma prioridade para os profissionais. Atualmente, esse segmento já conta com uma demanda quase igual à gerada por estudantes. Entre 2009 e 2010, a procura aumentou 70%. Em 2011, deve fechar com taxa de crescimento em torno de 35% em relação ao ano passado. São empresários, CEOs, diretores e gestores, além de profissionais liberais, os mais interessados em programas de estágio em empresas internacionais ou em cursos de extensão.

Samuel Lloyd, da Student Travel Bureau (STB): volume de profissionais em busca de intercâmbio cresceu 35% em 2011

A busca pelo aprimoramento do idioma é a mais procurada pelos profissionais. Porém, outras modalidades de intercâmbio crescem exponencialmente.  “As extensões universitárias no exterior têm virado a vedete deste segmento.  Um dos nossos programas mais contratados é o oferecido pela  University of Califórnia, em San Diego (EUA) sobre finanças. Há ainda programas de international business e programas de marketing e comunicação que têm ganhado vários adeptos”, explica Samuel Lloyd, gerente de marketing da Student Travel Bureau (STB).

Outro tipo de intercâmbio em evidência é o internship – um programa de estágio em empresas estrangeiras, que pode durar de seis meses a um ano. Neste caso, as multinacionais são as que mais promovem essa modalidade de troca de conhecimento. Mas Samuel Lloyd avalia que a globalização da economia e o papel de destaque que o Brasil tem obtido internacionalmente estimula o mercado doméstico a também buscar esse modelo de intercâmbio.  “Em busca de novos negócios, as empresas brasileiras sentem a necessidade de colocar seus profissionais conectados com o que acontece lá fora”, diz.

Custo e países preferidos

Mas o intercâmbio financiado pelas empresas ainda não é comum no Brasil. Por enquanto, esse tipo de upgrade na carreira tem partido dos próprios profissionais. “Às vezes, eles usam o período de férias para fazer o investimento”, revela  o gerente de marketing da Student Travel Bureau (STB). Os valores dos intercâmbios podem variar de R$ 4,5 mil (inglês para negócios, de duas a quatro semanas) até R$ 60 mil (MBA e especializações, de um a três anos). Já os cursos de extensão em universidades estrangeiras custam entre R$ 10 mil a R$ 30 mil (de três meses a um ano). Isso, excluindo gastos com transporte e hospedagem.

Estados Unidos e Inglaterra são os que mais atraem os interessados em intercâmbio profissional. “A maioria já estudou inglês por vários períodos da vida, mas nunca conseguiu adquirir a fluência no idioma”, destaca Samuel Lloyd, justificando o fato de os países de língua inglesa serem os preferidos.  Ele cita ainda que é comum a experiência adquirida  fora do país gerar mudanças na carreira do profissional. “O intercâmbio tem três aspectos fundamentais: imersão em outra cultura, network profissional  e geração de novos negócios e projetos”, completa.

Entrevistado
Samuel Lloyd, gerente de marketing da Student Travel Bureau (STB)
Currículo

– Graduado em relações públicas pela PUC/Minas
– O executivo possui especialização em marketing de serviços pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e em gestão de negócios e serviços pela Universidade Presbiteriana Mackenzie
– Lloyd já atuou como consultor do Great Place to Work Institute e como coordenador de campanhas publicitárias e de desenvolvimento de serviços educacionais no Senac São Paulo
– Também já esteve à frente da gerência de intercâmbios de trabalho do STB por dois anos, no qual foi responsável pelo planejamento e desenvolvimento de programas internacionais para jovens e adultos
– Além disso, Lloyd acaba de ser eleito tesoureiro da Wyse Work Abroad, para o mandato de três anos. A associação é um braço da World Youth Student & Educational Travel Confederation (WYSETC), voltada para o turismo educacional jovem e estudantil
Contato: anapaulajoaquim@rp1.com.br (assessoria de imprensa)

Créditos foto: Divulgação

Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330
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