Urbanismo tenta tirar cidades do monopólio dos carros

Desafio se impõe às cidades neste século 21, em um mundo em que 70% dos habitantes viverão em centros urbanos

De 19 a 23 de julho de 2020, o Rio de Janeiro-RJ vai sediar o Congresso Mundial de Arquitetura: futuro das metrópoles estará no foco dos debates Crédito: UIA
De 19 a 23 de julho de 2020, o Rio de Janeiro-RJ vai sediar o Congresso Mundial de Arquitetura: futuro das metrópoles estará no foco dos debates
Crédito: UIA

O Dia Mundial do Urbanismo, que se comemora em 8 de novembro, reforça o desafio que se impõe às cidades neste século 21: buscar soluções que acabem com o monopólio dos carros no desenvolvimento urbano. Os veículos influenciaram maciçamente o desenho e o crescimento das metrópoles, mas agora o novo urbanismo tenta minimizar esse impacto com mobilidade urbana, transporte coletivo, transportes alternativos e valorização do pedestre. 

Segundo o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (UN Desa), até 2050 cerca de 6,7 bilhões de pessoas estarão vivendo em cidades, o que tornará o mundo quase 70% urbano. Consequentemente, 70% das emissões globais de dióxido de carbono também estarão concentrados nos centro urbanos.

Isso levou o secretário-geral das Nações Unidas, o português António Guterres, a decretar que é nas metrópoles que a “batalha climática será amplamente vencida ou perdida”. No entanto, o chefe da ONU avalia que o urbanismo ajudará a vencer esse duelo. “As escolhas que serão feitas na infraestrutura urbana nas próximas décadas, em planejamento urbano, eficiência energética, geração de energia e transporte, terão influência decisiva nessa batalha”, diz.

Guterres também lembra que a solução está nas cidades-inteligentes. “Muito do que será necessário para abrigar e servir a esse mundo, cada vez mais urbano, ainda não foi construído, e até mesmo algumas novas cidades precisarão surgir. Isso traz enormes oportunidades para desenvolver e implantar soluções que possam enfrentar a crise climática e abrir caminho para um futuro sustentável”, completa.

Congresso Mundial de Arquitetura terá o futuro das cidades como tema central

Esse também será o tema central do Congresso Mundial de Arquitetura, que acontecerá de 19 a 23 de julho de 2020, no Rio de Janeiro-RJ. Os que apóiam o novo urbanismo defendem que os bairros se transformem em “cidades compactas” e possam permitir que seus moradores façam a maior parte das atividades sem usar o carro. “As cidades devem ser redesenhadas em função das dimensões, dos movimentos e das necessidades do corpo humano, em vez de serem projetadas em função do automóvel”, reforça o arquiteto brasileiro Roberto Simon, conselheiro da UIA (União Internacional dos Arquitetos).

Para a ONU, as metrópoles não devem ser combatidas, mas transformadas. “A urbanização apresenta vários desafios de sustentabilidade relacionados à habitação, meio ambiente, mudanças climáticas, infraestrutura, serviços básicos, segurança alimentar, saúde, educação, empregos, segurança e recursos naturais. Ao mesmo tempo, ela também pode produzir grandes oportunidades, além de ser uma ferramenta crítica para o desenvolvimento sustentável, se aplicada da maneira correta”, diz relatório da organização. 

António Guterres reforça ainda que a economia global depende das metrópoles. “As cidades geram mais de 80% do Produto Interno Bruto (PIB) global e, como centros de educação e empreendedorismo, são pólos de inovação e criatividade. Por isso, a ONU acredita que é possível usar a urbanização para alcançar o desenvolvimento sustentável, adaptando a maneira como as cidades são planejadas, projetadas, financiadas, desenvolvidas, governadas e gerenciadas”, conclui.

Entrevistados
Organização das Nações Unidas (ONU), União Internacional dos Arquitetos (UIA) e Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU) (via assessorias de imprensa)

Contatos
atendimento@caubr.gov.br
uia@uia-architectes.org
contato@onu.org.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330



Massa Cinzenta

Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.

Veja todos os Conteúdos

Cimento Certo

Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.

Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS

Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32

Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40

Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.

Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI

O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.

descubra o cimento certo

Cimento Certo

Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.

descubra o cimento certo