Em fórum da Federação das Indústrias do Paraná, especialistas apontam caminhos para que setores como a construção civil evitem processos ilegais
Por: Altair Santos
A partir de fevereiro de 2014 entra em vigor a lei federal 12.846, mais conhecida como Lei Anticorrupção. No que tange às empresas, a nova legislação impõe a elas uma responsabilidade objetiva. Por um lado, as incentiva a adotar procedimentos de governança corporativa, como compliance (agir de acordo com normas legais e evitar desvios); por outro, as submete a penas pesadas caso fique comprovado que se envolveram em malfeitos com agentes públicos. “Para se ter uma ideia, o teto da multa pode chegar a 20% do faturamento total da empresa”, alerta o presidente da Fiep (Federação das Indústrias do Paraná) Edson Campagnolo, que no começo de novembro de 2013 promoveu o Fórum Transparência e Competitividade.
Olga Pontes, que também esteve no Fórum Transparência e Competitividade, destacou que corporações que atuam constantemente em licitações públicas, e que prestam serviço ao Estado, precisam desenvolver métodos de segurança empresarial. A especialista, que há 16 anos atua em auditoria, compliance, gestão de riscos e governança, afirma que companhias que adotam um conjunto de ações contra procedimentos que desembocam na corrupção conseguem se blindar melhor contra o que é ilegal.”Quais são essas políticas internas? São as calçadas em boas práticas, que mantêm foco constante nas áreas de risco, que comunicam a transparência internamente, que conhecem os parceiros, tanto fornecedores quanto clientes, e que possuem um bom nível de informação”, revela.
Entrevistada
– Olga Pontes, graduada em Tecnologia da Informação e com ampla experiência em auditoria, compliance, gestão de riscos e governança. Atualmente é Chefe Global de Segurança Empresarial da Braskem S.A.
Contatos
www.braskem.com.br/site.aspx/Governanca-Corporativa
Créditos fotos: Divulgação/Agência Fiep