Privatizado no final de 2019, o estádio Pacaembu, um dos mais tradicionais do Brasil, começou a passar por obras de retrofit. Serão executados dois projetos simultaneamente: um de recuperação da área tombada pelo município de São Paulo-SP e outro de construção de um novo setor para atrair eventos, turistas e frequentadores diários. Esse espaço vai substituir o antigo tobogã. O concreto da demolição será reaproveitado como brita para obras não-estruturais na área interna e no entorno do Pacaembu.
No lugar do tobogã será erguido um prédio multifuncional. A construção terá estrutura mista de pré-moldados de concreto com plataformas de aço. O objetivo é dar velocidade para a obra, prevista para durar 28 meses. O investimento de quase 400 milhões de reais para modernizar o estádio virá da Allegra Pacaembu, concessionária que assumiu o espaço desde 25 de janeiro de 2020 e que estará à frente da gestão ao longo de 35 anos. “O projeto entregará aos paulistanos um espaço público cujos pilares são cultura, lazer e uso esportivo”, afirma Eduardo Barella, CEO da Allegra Pacaembu.
O alvará para o início das obras foi concedido em 29 de junho de 2021. Assim que o documento foi liberado pela prefeitura de São Paulo, imediatamente começou a demolição do tobogã. No desmonte não serão utilizados explosivos. Haverá o emprego de marteletes, escavadeiras e tesouras hidráulicas para romper as estruturas. Em áreas elevadas, a operação contará com fios diamantados e marteletes manuais. A remoção das estruturas demolidas será executada com o auxílio de guindastes. A equipe de demolição conta com 30 operários. O cronograma desta fase da obra é estimado em 4 meses.
Com a série de reformas, a capacidade do estádio será de 26 mil lugares
Na área tombada pelo patrimônio histórico da cidade de São Paulo, o Pacaembu – inaugurado em 27 de abril de 1940 – terá a fachada restaurada e internamente serão criadas novas áreas para a instalação de praças de alimentação, restaurantes e banheiros. Haverá também a modernização de setores destinados à imprensa e a construção de 25 camarotes, além da adequação do estádio às normas de acessibilidade. Com a série de reformas, a capacidade do estádio será de 26 mil lugares. Já o prédio multifuncional poderá receber até 6 mil pessoas ao mesmo tempo.
O principal desafio da obra, explica o CEO da Allegra Pacaembu, é a logística. “O espaço é muito concentrado, tem tráfego intenso de veículos e, por se tratar de uma edificação tombada, o canteiro de obras não pode ficar em qualquer área. Então, do ponto de vista da engenharia é uma obra simples, mas a logística é complexa”, diz Eduardo Barella. Esse foi outro importante motivo que levou o projeto de retrofit do Pacaembu a optar por estruturas pré-moldadas de concreto e estruturas de aço.
Embaixo do prédio multifuncional será construído um estacionamento para 550 veículos. Por isso, no local onde ocorre a demolição do tobogã haverá escavação com 15 metros de profundidade. O edifício a ser erguido terá 5 pavimentos e 4 andares de subsolo. A área construída, de acordo com o projeto, é de 44 mil m².
Entrevistado
Allegra Pacaembu (via assessoria de imprensa)
Contato
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Jornalista responsável:
Altair Santos MTB 2330