Produtividade na construção civil pode melhorar 50%

Sem adotar boas práticas e investir em tecnologia, Brasil está abaixo de nações como Zâmbia e Argentina

Workshop debateu o emprego de tecnologias na construção civil, que tem um dos menores índices de produtividade. Crédito: Personal Press
Workshop debateu o emprego de tecnologias na construção civil, que tem um dos menores índices de produtividade.
Crédito: Personal Press

Segundo Kevin Nobels, da McKinsey Brasil, o aumento de produtividade na construção civil brasileira tem potencial para melhorar 50%, desde que adotadas boas práticas, novos conceitos e que se invista em tecnologia. O estrategista, que concedeu a palestra “Tecnologia Digital em Construção”, durante o Workshop Revista M&T 2019, lembra que o país está abaixo de nações como a Zâmbia e a Argentina quando o assunto é produtividade em canteiros de obras. “A produtividade no setor cresceu só 1% nos últimos 20 anos”, cita.

Nobels sublinha que o tema produtividade na construção civil é um problema global. “Se comparado com outros segmentos industriais, o setor é o que menos cresce em produtividade, apesar de responder por 13% do PIB mundial. O problema do Brasil, em comparação com outras nações, é que o país, desde 2015, está regredindo em índices de produtividade na construção civil”, destaca. As afirmações do estrategista se baseiam em estudo da McKinsey Brasil, que avaliou 100 megaprojetos no país. O levantamento constatou que 80% deles tiveram aumento de custo e atrasos de quase 20 meses no cronograma de entrega da obra.

Para Kevin Nobels, a mudança de paradigma poderá vir pelas mãos das startups e dos investimentos focados em inovação no segmento. Ele comenta mapeamento da McKinsey, o qual detectou já existirem 2.500 soluções lideradas pelas construtechs para melhorar a produtividade na construção civil. Entre elas, destacam-se a automação de atividades operacionais, utilização de inteligência artificial, análise de dados e informações de maneira integrada e digitalização de processos. “Há ainda a industrialização na construção que, apesar de ser disseminada no país, tem espaço para crescer mais. Essa modulação possibilita reduzir o tempo de construção, diminuir custos e aumentar a qualidade final da obra”, ressalta.

Megaprojetos no Brasil tiveram atraso na entrega e ficaram mais caros

Kevin-Nobels
Kevin Nobels: mudança de paradigma na construção civil pode vir pelas mãos das startups. Crédito: Cia. de Cimento Itambé

As afirmações de Kevin Nobels se baseiam em estudo da McKinsey Brasil, que avaliou 100 megaprojetos no país. O levantamento constatou que 80% deles tiveram aumento de custo e atrasos de quase 20 meses no cronograma de entrega da obra. Para alterar essa realidade, o estrategista cita sete alavancas que impulsionam a produtividade no canteiro de obras: regulamentação, colaboração e contratação, design e engenharia, compras e gerenciamento da cadeia de suprimentos, execução da obra, tecnologia e capacitação. “Se todas essas alavancas forem executadas com eficácia, o aumento da produtividade pode melhorar 50%”, assegura.

De acordo com o representante da McKinsey Brasil, as alavancas que mais trazem ganhos de produtividade estão relacionadas com a execução da obra, de 6% a 7%; com a engenharia, de 8% a 10%, e com a tecnologia, de 14% a 15%. No entanto, Kevin Nobels alerta que é preciso estabelecer um plano de produtividade. “É preciso definir uma estratégia a partir do entendimento dos problemas que precisam ser resolvidos. Isso acarreta também uma mudança de comportamento, a fim de envolver toda a empresa, já que a implantação bem-sucedida requer transparência de dados e colaboração da liderança”, explica.

Entrevistado
Reportagem com base na palestra “Tecnologia Digital em Construção”, concedida pelo estrategista Kevin Nobels no Workshop Revista M&T 2019

Contato
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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


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