Prédio de luxo possui 1.500 vícios construtivos

De edifício residencial mais alto do mundo, o 432 Park Avenue tornou-se alvo de ação bilionária em Nova York

432 Park Avenue: localizado em um dos endereços mais caros do planeta, prédio é estruturalmente bem construído, mas possui série de falhas de execução nos sistemas que deveriam garantir a habitabilidade da edificação Crédito: Wikimedia Commons
432 Park Avenue: localizado em um dos endereços mais caros do planeta, prédio é estruturalmente bem construído, mas possui série de falhas de execução nos sistemas que deveriam garantir a habitabilidade da edificação
Crédito: Wikimedia Commons

Entre 2015 e 2019, o 432 Park Avenue detinha dois recordes: o de prédio residencial mais alto do mundo, com 426 metros, e o de ter os apartamentos mais caros do planeta, com preços variando entre 10 milhões e 100 milhões de dólares por unidade. Após perder essas marcas, o edifício passou a enfrentar uma espiral de problemas.  

Há quase 3 anos o empreendimento da construtora CIM e da incorporadora Macklowe enfrenta processos milionários movidos pelos proprietários das unidades, e cuja soma das indenizações pode superar 1 bilhão de dólares. Motivo: a obra tem 1.500 vícios construtivos, segundo laudo dos engenheiros civis da SBI Consultants – escritório contratado para embasar as ações que correm na corte de Nova York. 

A coleção de problemas vai desde infiltrações até defeitos no acabamento, passando por deficiências acústicas nas lajes, vazamentos hidráulicos e de gás, curtos-circuitos, falhas de vedação nas janelas e no sistema de aquecimento, o que transforma os 179 apartamentos em verdadeiras “geladeiras” durante o inverno nova-iorquino.  

Os vícios construtivos mais graves começaram a aparecer em 2019. Isso fez com que 2/3 dos moradores do prédio já abandonasse suas unidades. De acordo com o laudo dos engenheiros civis contratados pelos proprietários, o 432 Park Avenue só não apresenta problemas estruturais. Na construção do edifício foram consumidos 53.200 m³ de concreto. 

Prédio fica na Rua dos Bilionários e taxa de condomínio chega a 25 mil dólares  

Os apartamentos do edifício possuem de 2 a 8 quartos. Os mais luxuosos contam com academias de ginástica dentro da unidade, clubes privados, piscinas e quadras para práticas esportivas. Localizado em Manhattan, o 432 Park Avenue fica de frente para o Central Park, localizado em uma rua com nome sugestivo: a Billionaire Row ou Rua dos Bilionários.  

Isso explica o alto valor imobiliário de suas unidades. Entre os proprietários do prédio estão celebridades do cinema e da música, jogadores das ligas de beisebol, basquete e futebol americano, além de empresários e nomes ligados à moda e às artes. A taxa média de condomínio é de 25 mil dólares por mês. 

Estruturalmente, o edifício é uma construção de concreto armado moldado “in loco”. O prédio apoia-se em colunas de concreto branco arquitetonicamente expostas em torno de seu perímetro e possui um núcleo de paredes de concreto em torno dos poços do elevador e das escadas, e que funcionam como a coluna vertebral do 432 Park Avenue. As lajes de concreto armado possuem 25 centímetros de espessura, apoiadas nas colunas externas e no núcleo central do prédio. Além dos 53.200 m³ de concreto, o prédio consumiu 12.500 toneladas de barras de aço. 

O projeto estrutural e arquitetônico é assinado pelo uruguaio Rafael Viñoly, que é parte solidária no processo movido pelos proprietários. A obra polêmica do arquiteto deixou de ser o prédio residencial mais alto do mundo em 2019, quando foi inaugurado o Central Park Tower, também em Nova York, e que alcança 472 metros de altura. 

Entrevistado
Reportagem com base no relatório de inspeção divulgado pela SBI Consultants e no processo público que corre na corte de Nova York 

Contatos
info@sbiconsultants.com
publicinformation@nycourts.gov 

Jornalista responsável:
Altair Santos MTB 2330



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