O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou em 31 de março de 2021 o que a imprensa do país já batizou de “New Deal do século 21”. Com investimento que pode chegar a 2 trilhões e 230 bilhões de dólares, o governo dos EUA pretende modernizar o país, com forte investimento em infraestrutura, habitação, tecnologia e energia limpa. Entre os pontos do plano está a readequação de 32 mil e 200 quilômetros de rodovias para a circulação de carros elétricos.
O pacote de obras também projeta reconstruir ou recuperar as 10 pontes por onde mais transitam veículos no país e fazer o mesmo com outras 10 mil pontes menores. Ainda estão previstas a readequação da malha ferroviária para receber trens de alta velocidade, a recuperação das tubulações de saneamento básico, a melhoria da mobilidade nos principais centros urbanos dos EUA, além da construção de novos aeroportos, portos e hidrovias.
O plano terá duração de 8 anos e tem a pretensão de transformar os Estados Unidos no maior canteiro de obras do mundo. De acordo com nota oficial divulgada pela Casa Branca, a proposta a ser encaminhada ao Congresso norte-americano se divide nos seguintes tópicos:
1. How We Move – Como nos movemos (inclui infraestrutura de transporte, com investimento de 600 bilhões de dólares).
2. How We Live at Home – Como vivemos em casa (inclui distribuição de água potável, banda larga e construção de habitações de interesse social, com investimento de 650 bilhões de dólares).
3. How We Care – Como cuidamos (inclui aumento de salários e benefícios para trabalhadores que atuam como cuidadores em domicílio, com investimento de 400 bilhões de dólares).
4. How We Make and Create – Como fazemos e criamos (inclui aumento de gastos com P&D [Pesquisa e Desenvolvimento], com investimento de 580 bilhões de dólares).
O diretor–executivo da Associated General Contractors of America, Stephen E. Sandherr, emitiu a seguinte declaração sobre o plano do governo dos EUA. “Saudamos a nova proposta de infraestrutura, principalmente no ponto em que se concentra na reconstrução de uma ampla gama de obras antigas e sobrecarregadas. Esses investimentos criarão um número significativo de novas oportunidades na construção civil, que tradicionalmente emprega bem mais que outros setores industriais”, avalia.
Recursos virão dos impostos corporativos e dos que ganham acima de 400 mil dólares por ano
Para conseguir recursos para os investimentos, o governo norte-americano enviou ao Congresso uma proposta de aumento de alíquota do imposto corporativo e do imposto de renda para quem ganha acima de 400 mil dólares por ano. Isso, segundo a Casa Branca, pouparia principalmente os trabalhadores que atuam como terceirizados na construção civil dos EUA, e que representam o maior volume de empregos do setor, assim como devem ser os mais beneficiados pelo plano de Joe Biden.
Ao longo da pandemia, a construção civil dos Estados Unidos fechou mais de 108 mil vagas nas 236 principais cidades do país, segundo levantamento da Associated General Contractors of America. Por isso, o novo plano do governo é chamado de “New Deal do século 21”. O New Deal foi implantado em 1933, para recuperar os EUA da crise de 1929. O governo de Franklin Delano Roosevelt realizou forte intervenção na economia, estimulando principalmente a construção de obras públicas, com destaque para as hidrelétricas e as rodovias, além da agricultura e da industrialização.
Entrevistado
Sala de imprensa da Casa Branca e Associated General Contractors of America (via assessoria de comunicação)
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Jornalista responsável:
Altair Santos MTB 2330