Maior parte das obras residenciais está abandonada

17 de agosto de 2016

Maior parte das obras residenciais está abandonada

Maior parte das obras residenciais está abandonada 800 600 Cimento Itambé

Nas principais capitais do Brasil, 84% das construções ou reformas foram paralisadas momentaneamente. O principal motivo é a falta de dinheiro

Por: Altair Santos

Estudo da Plataforma de Inteligência de Mercado, realizado em 12 grandes centros urbanos do Brasil, mostra que 84,3% das obras residenciais foram paralisadas momentaneamente. Entre os principais motivos, a maior parte (61,8%) interrompeu por “falta de dinheiro”, seguido por “queda na renda” (28,4%), “incertezas em relação ao futuro da economia” (15,5%) e “problemas com mão de obra” (15%).

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Segundo o gestor da Plataforma de Inteligência, Newton Guimarães, a paralisação das obras está diretamente ligada ao ambiente macroeconômico recessivo. Porém, ele ressalta que vale refletir em relação aos que responderam ter interrompido por problemas com mão de obra. “Este é um entrave em que as empresas do setor devem atuar diretamente, pois ele pode ser minimizado através de parcerias para qualificação de pintores, pedreiros, eletricistas, encanadores e azulejistas”, diz.

Entre os que responderam que vão continuar a investir em obras em suas residências, 51,5% disseram que “por necessidade, vão reduzir o orçamento”. Já 34,9% alegaram que gastarão “o que for justo na continuidade da obra”, enquanto 13,6% responderam que “estimam investir mais que o planejado na continuidade da obra”. “Para reverter esse quadro de enxugamento dos gastos, mesmo com as obras em andamento, existe a expectativa de que fornecedores e varejistas reajam no segundo semestre de 2016, principalmente com promoções”, estima Newton Guimarães.

O estudo, intitulado Desenvolvimento de Novos Mercados nas Perspectivas dos Consumidores que Reformaram ou Construíram, dividiu a pesquisa em tipos de obras já feitas e por fazer. Entre os entrevistados, 62,9% responderam ter realizado obras de acabamento e 66,7% disseram manter a intenção de realizar novas obras de acabamento na continuidade da reforma ou construção.

Cresce venda pela internet
Dos canais utilizados para as compras de materiais de construção, que vão de cimento a tomadas e acessórios para banheiro, 52,3% afirmaram preferir comprar em lojas de bairros, enquanto 50,8% optam por home centers. Já 4,3% disseram ter a intenção de comprar via e-commerce. “No que tange a compras de materiais de construção pela internet, esse percentual demonstra um ponto positivo em relação à mudança de comportamento do consumidor”, avalia o gestor da Plataforma de Inteligência.

Quando dividida por estados, a pesquisa mostra que os consumidores de Minas Gerais são os que mais sentiram o impacto da crise durante a obra (59,4%), seguidos dos cariocas (55,5%). Para atenuar os efeitos da atual recessão, e conseguir continuar com as reformas ou construções, 88,9% dos entrevistados afirmaram estar passando mais tempo dentro de seus lares, cortando gastos com lazer e refeições fora de casa.

A pesquisa finaliza perguntando se as reformas ocorrem dentro dos ambientes já construídos ou se envolvem novas áreas. Para 36,5%, a intenção é realizar obras externas, como calçamento, muros, varandas, garagens ou coberturas para veículos. Já 36,1% afirmaram que pretendem construir um ou mais cômodos anexos à casa. Os demais 27,4% pretendem realizar reformas em áreas já construídas.

Entrevistado
Newton Guimarães
, gestor da Plataforma de Inteligência

Contato
newton.guimaraes@revenda.com.br

Crédito Foto: Divulgação

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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