Museu Oscar Niemeyer desafiou engenharia paranaense

22 de agosto de 2012

Museu Oscar Niemeyer desafiou engenharia paranaense

Museu Oscar Niemeyer desafiou engenharia paranaense 150 150 Cimento Itambé

Obra foi eleita uma das 20 mais bonitas do mundo e contou com a participação da construtora CESBE e do concreto da Concrebras

Eleito um dos 20 museus mais bonitos do mundo – sob o ponto de vista arquitetônico -, o Oscar Niemeyer, em Curitiba, também conhecido como “Museu do Olho”, foi uma das construções mais desafiadoras para a engenharia paranaense. Inaugurado em 22 de novembro de 2002, e prestes a completar 10 anos, a obra esteve sob a responsabilidade da construtora CESBE S.A e consumiu 5.226 m³ de concreto fornecido pela Concrebras. “A construção do museu apresentou dois grandes desafios: o técnico, por se tratar de um projeto assinado por Oscar Niemeyer, e o de prazo de construção, que ficou limitado a seis meses, quando o normal seria de doze a quinze meses”, recorda o engenheiro civil que gerenciou a obra, Marco Antônio Stavis.

Museu do Olho: construído em seis meses, consumiu 5.226 m³ de concreto.

Segundo Stavis, o Museu Oscar Niemeyer (MON) apresenta tudo o que há de mais sofisticado em arquitetura e construção civil. “Por isso, nos cercamos de técnicos e fornecedores tradicionais da CESBE, que nos emprestaram sua experiência e qualidade”, define. Todo o processo da obra foi auditado pelo experiente engenheiro civil e ex-professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Odenir Müller – conhecido consultor de estruturas protendidas. “Além disso, os demais engenheiros envolvidos tinham grande experiência e se engajaram totalmente no projeto. O resultado final teve fundamental contribuição dos profissionais José Carlos de Castro, Roniel Somavilla e Antônio Hilário de Sá Freire, também da CESBE”, completa Marco Antônio Stavis.

As estruturas do MON foram moldadas “in loco”, com exceção das pré-lajes do teto, que vieram pré-fabricadas para funcionar como fôrmas inferiores. Foram utilizados concretos de várias classes de resistência, variando entre 25,0 a 40,0 MPa. Como o projeto especificava a relação água/cimento máxima de 0,50, optou-se pela utilização do cimento tipo CP IV-32 (Cimento Portland pozolânico) de baixo calor de hidratação, associado aos aditivos polifuncional e superfluidificante de terceira geração. “O controle tecnológico do concreto apresentou resultados excelentes de corpos de prova, que atingiram a marca de 50,9 MPa. Os resultados obtidos comprovaram a excelente qualidade dos materiais utilizados, principalmente do cimento Itambé CP V-ARI RS, que resultaram numa estrutura que terá uma vida útil superior a 300 anos”, avalia o engenheiro responsável pela obra.

Viabilizar projetos de Oscar Niemeyer já faz parte da tradição da CESBE S.A. Na década de 1960, a construtora foi responsável pela obra do prédio das Secretarias de Estado do Paraná (edifício Castello Branco) – também desenhado pelo famoso arquiteto de 104 anos. Na época, a construção obteve o recorde de vão em concreto protendido. Quanto ao “Museu do Olho”, Marco Antônio Stavis relata que, no período da construção, a obra foi visitada intensamente por profissionais de engenharia e de arquitetura, assim como estudantes. “Foi necessário estabelecermos um sistema de visitas guiadas, aos sábados, tal a quantidade de pessoas que queriam ver a construção”, recorda o engenheiro, que em 2002 foi premiado com o troféu Paraná de Engenharia do IEP (Instituto de Engenharia do Paraná) na modalidade construção, pela sua atuação no MON.

Confira mais detalhes técnicos da construção do MON: clique aqui

Entrevistado
Marco Antonio Stavis, engenheiro civil da CESBE S.A que gerenciou a obra do Museu Oscar Niemeyer
Currículo

– Marco Antonio Stavis é engenheiro civil graduado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) 1975
– Tem 41 anos de profissão (computados 5 anos de estágio ) atuando como orçamentista, engenheiro de campo, engenheiro residente de obras, coordenador de obras, gerente de contratos e diretor
– Atuou em construções como a usina hidrelétrica de Foz do Areia, diversas obras de saneamento e industriais e obras civis, como a Rua da Cidadania do Carmo, Memorial de Curitiba e Museu Oscar Niemeyer
Contato: stavis@cesbe.com.br

Créditos foto: Divulgação

Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330
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