Desativado em 2010, o aterro sanitário localizado no bairro do Caximba, em Curitiba, deu espaço oficialmente, no último dia 29 de março, ao projeto Pirâmide Solar do Caximba, marcando a celebração dos 330 anos da cidade.
A usina solar conta com quase 8,6 mil painéis fotovoltaicos, que, de acordo com a estimativa da prefeitura, possibilitará uma economia mensal de 30% no valor da conta de energia de prédios públicos do município, representando, assim, cerca de R$ 2,6 milhões a menos, por ano, na fatura.
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“O valor é suficiente para construir um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI), para transformar aproximadamente 660 metros de ruas de saibro em ruas com pavimentação de boa qualidade e completa estrutura de drenagem”, destacou o prefeito de Curitiba, Rafael Greca. “Ou, ainda, subsidiar mil refeições por dia, durante um ano e meio, do programa Mesa Solidária, que atende pessoas em situação de vulnerabilidade.”
O empreendimento possui pouco mais de 100 mil m² de área do aterro, e, desse total, 48 mil m² são ocupados pelos painéis. A mão de obra utilizada na instalação desses painéis foi totalmente local, empregando 140 pessoas apenas no canteiro de obras. Nesta fase do projeto, 222 unidades consumidoras irão receber a energia gerada pela Pirâmide Solar.
Marilza do Carmo Oliveira Dias, Secretária Municipal do Meio Ambiente, aproveitou a inauguração da usina para ressaltar a importância desse movimento de transição energética. “É uma questão necessária para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis e a emissão de gases. Assim, a nossa cidade vem se tornando protagonista em relação às mudanças climáticas”, avalia.
Estratégias para produção de energia renovável
A Pirâmide Solar do Caximba é uma das ações que integram o projeto Curitiba Mais Energia, que tem como objetivo a produção de energia renovável para combater e mitigar as mudanças climáticas, possibilitando, além disso, economia para os cofres públicos.
O programa também engloba os painéis instalados no Palácio 29 de Março, no Complexo Imap do Parque Barigui e na Galeria das Quatro Estações, dentro do Jardim Botânico. Os próximos projetos preveem a inclusão de sistemas fotovoltaicos nos telhados dos terminais de ônibus do Santa Cândida e do Boqueirão (ambos com serviços já em andamento) e no Terminal do Pinheirinho (licitação em fase final).
A Pirâmide Solar é fruto de uma colaboração do grupo C40 de Grandes Cidades para a Liderança Climática e da empresa alemã Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, especializada em projetos de desenvolvimento sustentável em escala mundial.
O programa é financiado pelo Ministério Federal Alemão para o Desenvolvimento Econômico e Cooperação (BMZ), pelo Departamento de Negócios, Energia e Estratégia Industrial do Reino Unido (BEIS) e pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
Fontes
Prefeitura Municipal de Curitiba
Rafael Greca, prefeito de Curitiba
Marilza do Carmo Oliveira Dias, Secretária Municipal do Meio Ambiente
Jornalista responsável
Fabiana Seragusa
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