Mercado imobiliário registra alta de vendas no 3º trimestre, segundo pesquisa

Estudo divulgado pela CBIC realizado em 219 cidades aponta reaquecimento do Minha Casa, Minha Vida
6 de dezembro de 2023

Mercado imobiliário registra alta de vendas no 3º trimestre, segundo pesquisa

Mercado imobiliário registra alta de vendas no 3º trimestre, segundo pesquisa 1024 683 Cimento Itambé
Estudo revelou aumento de 6,5% na venda de imóveis.
Crédito: Envato

Todas as capitais e as principais regiões metropolitanas do Brasil participaram da pesquisa Indicadores Imobiliários Nacionais do 3º trimestre de 2023, elaborada pela Brain Inteligência Estratégica e divulgada pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) no dia 27 de novembro.

Realizado em 219 cidades, o estudo mostra que houve um aumento de 6,5% na venda de imóveis, em comparação com o trimestre anterior, e um aumento de 4,2% tendo em vista o mesmo período do ano passado – no 3º trimestre de 2022, houve 79.101 unidades vendidas, e, agora, 82.385.

Por outro lado, o número de lançamentos caiu 8,6% em relação ao trimestre anterior, e a queda foi ainda maior, de 20,3%, se comparado ao mesmo período de 2022 (foram lançadas 81.001 unidades no 3º trimestre do ano passado, ante as 64.541 de agora). 

Já o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) demonstra estar reaquecido, segundo a CBIC, considerando o crescimento de 13% nas vendas e de 35,8% em lançamentos, em relação aos três meses anteriores. Com as mudanças que entraram em vigor em julho, principalmente com a retomada da faixa 1 (que contempla famílias com renda mensal de até R$ 2.640,00), o programa foi responsável por 46% de todas as unidades lançadas do trimestre, enquanto no trimestre passado o correspondente ficou na faixa de 31%.

As vendas foram fortes e resilientes este ano apesar da queda nos lançamentos, mostrando que o mercado está demandante”, avalia Renato Correia, presidente da CBIC. “Também temos as novas regras do MCMV e que foram importantes para viabilizar a retomada de vendas e lançamentos do programa.”

Para Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, os números também demonstram amadurecimento do mercado imobiliário, que percebeu defasagem no preço e no custo da construção e segurou o anúncio de novos imóveis. “O mercado, em função de todo o descolamento de custo que tivemos no passado, das regras do programa MCMV, que só vieram a partir de julho [o setor esperava para o início do ano], da adequação dos tetos e do subsídio, reduziu os lançamentos nos últimos 12 meses em 52 mil unidades, o que é bastante significativo.”

Outro destaque do levantamento realizado pela CBIC tem a ver com o valor dos imóveis, que registrou um crescimento de 3,9% no 3º trimestre, superando a variação do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que foi de 0,6% no mesmo período. De acordo com Fábio Tadeu Araújo, sócio-diretor da Brain, o aumento pode ser explicado não apenas pelo preço, em si, mas também pela variação dos produtos comercializados.

“Essa mudança decorre de dois movimentos simultâneos: de uma recomposição de preços efetivos, de aumento acima da inflação, na tabela, e de uma mudança no tipo de produto lançado, já que se lança mais produto de médio e alto padrão”, explica. Ainda segundo Araújo, isso tem a ver com a queda do número de unidades do MCMV nos trimestres anteriores, que fez com que o preço médio de mercado, como um todo, ficasse maior. 

Fontes
Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)

Jornalista responsável
Fabiana Seragusa 
Vogg Experience

A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé.

6 de dezembro de 2023

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