As 3 linhas do metrô de Doha, capital do Catar, estão 100% concluídas. A Gold, liga leste e oeste da cidade; a Red, norte e sul, e a Green, com o noroeste da metrópole e cidades do entorno. As novas rotas vão conectar 6 estádios para a Copa do Mundo de 2022. Outros 6 estádios estão no interior do país e serão acessados por linhas de trem, que, por sua vez, se interligam com as novas linhas de metrô de Doha.
As obras começaram em 2013 e envolvem números superlativos, como o maior volume de concreto já consumido nos países árabes. Para as 3 linhas foram produzidos mais de 2,5 milhões de m³ de concreto, com fck variando entre 50 e 120 MPa. Em termos de comparação, o Burj Khalifa, que é o edifício mais alto do mundo, com 160 andares e 828 metros de altura, consumiu 330 mil m³ de concreto.
A linha Gold, com 23,3 quilômetros de trechos em túneis, é a que consumiu maior volume de concreto. A rota exigiu a produção de aproximadamente 1 milhão de m³ do material, incluindo 108.892 elementos pré-moldados para o revestimento das escavações. A segunda linha com mais escavações é a Green, que conta com 16,6 quilômetros de túneis e consumiu cerca de 850 mil m³ de concreto. Já a linha Red tem 11,6 quilômetros de túneis e necessitou de 725 mil m³ de concreto.
Somados os trechos subterrâneos, em nível e elevados, as 3 linhas do metrô de Doha abrangem 76 quilômetros e 37 estações, cuja arquitetura foi concebida pelo escritório holandês UNStudio. Para atender as demandas de cada estação, foram concebidos elementos modulares parametricamente projetados, a fim de que pudessem ser montados em uma grade triangular. “Assim, a estrutura de cada peça de concreto se adapta ao projeto de cada estação. Também foi criado um manual de design que aponta as muitas variantes possíveis que a montagem dos elementos proporciona”, explica o CEO do UNStudio, Ben van Berkel.
Inteligência Artificial substitui os condutores na pilotagem das composições
Além de usar o que há de mais complexo em termos de construção industrializada, o metrô de Doha também é futurista por utilizar trens que são pilotados por um sistema de Inteligência Artificial, dispensando o uso de condutores. A tecnologia foi desenvolvida exclusivamente para a obra, através do consórcio Mitsubishi Heavy Industries (MHI), formado pela Mitsubishi Corporation, Hitachi, Kinki Sharyo e Thales. A ausência de mão de obra humana não se limita às composições. Não há guichês no metrô de Doha e a cobrança de tarifas é automatizada.
Após a Copa do Mundo de 2022, o Catar vai iniciar as obras da linha Blue do metrô. O trecho terá um percurso semicircular, unindo-se com a Gold, a Green e a Red. O custo estimado das 4 linhas é de 130 bilhões de euros. O plano é integrar o metrô de Doha com todas as linhas de trem de alta velocidade que partem do Catar em direção a Omã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Kuwait e Bahrein. O complexo, batizado de Ferrovia do Golfo, totaliza uma rede ferroviária com 2.177 quilômetros.
Assista ao vídeo de como funciona o metrô de Doha
Entrevistado
Qatar Rail Doha Metro (via assessoria de imprensa)
Contato
info@qr.com.qa