Minha Casa Minha Vida projeta 561 mil unidades em 2017

12 de janeiro de 2017

Minha Casa Minha Vida projeta 561 mil unidades em 2017

Minha Casa Minha Vida projeta 561 mil unidades em 2017 600 400 Cimento Itambé

Ministério das Cidades se dedica à construção para as faixas 2 e 3 do programa, e só irá investir na faixa 1 quando baixar inadimplência

Por: Altair Santos

O ministro das Cidades, Bruno Araújo, revelou no ConstruBusiness – evento promovido pela FIESP, em novembro de 2016 – que o programa Minha Casa Minha Vida pretende contratar 561 mil unidades em 2017. Serão 450 mil unidades nas faixas 3 e 2; 40 mil na faixa 1,5; 1 mil na faixa 1, e 70 mil na faixa MCMV Entidades (35 mil para entidades urbanas e 35 mil para entidades rurais). O ministro afirmou que desde maio de 2016, quando assumiu o cargo, tratou de zerar os déficits. “Havia atrasos de até 120 dias com construtoras contratadas para o programa”, disse.

Faixas 2 e 3 do Minha Casa Minha Vida recebem subsídios menores e têm menos problemas com inadimplência

Faixas 2 e 3 do Minha Casa Minha Vida recebem subsídios menores e têm menos problemas com inadimplência

Bruno Araújo explicou também por que haverá menor investimento na faixa 1 do MCMV – dedicado à população com renda mensal bruta de até R$ 1.800. Segundo ele, primeiro é preciso baixar o índice de inadimplência, que é elevadíssimo, além de regularizar o cadastro dos mutuários. “Há casos em que sequer o CPF foi pedido para liberar o contrato”, diz. Ele afirmou também que os gastos sem critério com o programa deixaram o governo sem condições de subsidiar novos financiamentos. Por isso é que a faixa 3 (renda mensal bruta de R$ 3.600 até R$ 6.500), a qual não requer subsídios – apenas taxas especiais de juros -, será priorizada.

De acordo com o ministro, a credibilidade do Minha Casa Minha Vida chegou a ser colocada em risco. “Quando assumi o ministério das Cidades, o governo afastado não havia realizado nenhuma contratação em 2016 e deixado 60 mil unidades paralisadas por falta de pagamento. A razão era simples: não havia mais dinheiro. Pior: o equivalente a 40 anos de orçamento do ministério estava comprometido por contratos assinados entre 2013 e 2014. Ou seja, não havia nenhuma relação de credibilidade quando assumi. Todos os contratos foram revistos e tivemos que recomeçar o programa dentro de uma nova realidade”, assegurou.

FGTS garante 63 bilhões de reais
O ministro Bruno Araújo, bastante crítico às gestões que o antecederam no ministério das cidades, afirmou que o Minha Casa Minha Vida tinha uma visão “muito quantitativa e pouco qualitativa”. “Preocupava-se em construir um milhão de moradias, mas sem qualidade construtiva. Hoje há muitas unidades entregues entre 2012 e 2015 com problemas, principalmente na faixa 1. Isso também fez o governo rever alguns procedimentos. Achamos interessante, em alguns casos, principalmente aos relacionados à faixa 1, incentivar a reforma, prestando assistência técnica com arquitetos e engenheiros. Outra solução é regularizar terrenos já ocupados e estimular mutirões de obras, em parceria com as prefeituras e financiados pelo cartão-reforma”, revelou.

De qualquer forma, Bruno Araújo assegurou que o Minha Casa Minha Vida não para. Já em fevereiro de 2017, as 60 mil unidades que estavam paralisadas serão retomadas. O ministro garantiu também que o dinheiro está reservado. “Para 2017, os recursos do FGTS para habitação serão 63 bilhões de reais, e o que é mais importante: vai atender todas as faixas do programa e honrar os contratos. Mais grave do que não fazer é contratar e não pagar”, cutucou o ministro, referindo-se, principalmente, ao período do governo Dilma Rousseff.

Entrevistado
Ministro das cidades Bruno Araújo, durante participação no ConstruBusiness 2016

Contato
ascom@cidades.gov.br

Crédito Foto: Ministério das Cidades

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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