Índice Nacional da Construção Civil sobe nos últimos dois meses

No último mês, preço dos materiais teve variação negativa e custo de mão de obra registrou aumento
20 de julho de 2023

Índice Nacional da Construção Civil sobe nos últimos dois meses

Índice Nacional da Construção Civil sobe nos últimos dois meses 749 443 Cimento Itambé

Em maio, o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), uma produção conjunta do IBGE e da Caixa, apontou uma variação de 0,36%. Esse índice mostra um aumento de 0,09 ponto percentual (p.p.) em relação a abril (0,27%). Em junho de 2023, este mesmo índice foi de 0,39%, subindo 0,03 ponto percentual em relação a maio.

Com este resultado, nos últimos 12 meses, a alta foi de 4,82%. Este índice ficou bem abaixo dos 6,13% registrados nos doze meses anteriores. Em maio de 2022, o índice mensal foi de 2,17% e, em junho, foi de 1,65%.

Custo nacional da construção

Em maio, o custo nacional da construção, por metro quadrado, que em maio fechou em R$ 1.699,79, passou em junho para R$ 1.706,50. Este custo é calculado levando-se em consideração custos e índices para o setor habitacional, e de séries mensais de salários medianos de mão de obra e preços medianos de materiais, máquinas e equipamentos e serviços da construção para os setores de saneamento básico, infraestrutura e habitação. Em junho, por exemplo, o custo dos materiais foi de R$ 1.001,63 e da mão de obra foi de R$ 704,87.

Materiais de construção estão apresentando desaceleração com índices negativos em janeiro, maio e junho.
Crédito: Envato

“A parcela dos materiais apresentou variação negativa de 0,28%. Com isso, manteve a tendência de queda observada no último mês. Consequentemente, ficou 0,04 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa do mês de maio. Essa taxa colabora para que o segmento dos materiais termine o primeiro semestre com um acumulado de 0,04%, índice muito próximo da estabilidade”, afirma Augusto Oliveira, gerente do Sinapi.

Segundo Augusto, os materiais estão apresentando desaceleração com índices negativos em janeiro, maio e junho. E em muitos estados houve variações negativas nos preços de diversos produtos. “É o mercado retornando a um cenário mais comportado, sem a influência de uma situação atípica como a pandemia, em que houve uma alta expressiva nos materiais. Agora eles estão tendo um comportamento mais próximo do período pré-pandemia. Uma prova é que os índices acumulados têm caído constantemente”, destaca Oliveira.

Já a mão de obra, com a taxa de 1,36%, registrou um aumento de 0,12 ponto percentual (p.p.) em relação ao mês de maio (1,24%).

“Em junho, a parcela de mão de obra acabou contribuindo para a alta do indicador mensal. Este índice foi influenciado por oito acordos coletivos firmados este mês – Rondônia, Acre, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Espírito Santo, Santa Catarina e Goiás. Ao comparar com junho de 2022, houve uma diminuição de 0,99 ponto percentual (2,35%)”, lembra Oliveira. 

Região Sul tem maior variação mensal

Em junho, devido ao reajuste observado nas categorias profissionais em Santa Catarina, a Região Sul teve a maior variação regional em junho, que foi de 0,98%. Nas demais regiões, observaram-se os seguintes resultados: 0,44% (Norte), 0,66% (Nordeste), -0,04% (Sudeste) e 0,49% (Centro-Oeste).

Ao olhar os estados isoladamente, o Espírito Santo foi o estado que registrou a maior taxa em junho, 2,54%. De acordo com o Sinapi, isto se deu devido à captação dos novos salários acordados em dissídio coletivo e à alta na parcela dos materiais. Em seguida, veio Santa Catarina, com 2,38%. Minas Gerais foi estado com menor variação, de -0,50%. 

Fonte:
Augusto Oliveira é gerente do Sinapi.

Contato:
Assessoria de imprensa: comunica@ibge.gov.br

Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP

20 de julho de 2023

VEJA TAMBÉM NO MASSA CINZENTA

MANTENHA-SE ATUALIZADO COM O MERCADO

Cadastre-se no Massa Cinzenta e receba o informativo semanal sobre o mercado da construção civil