Há mais de um século, engenharia civil da UFRGS transforma tradição em qualidade

13 de outubro de 2011

Há mais de um século, engenharia civil da UFRGS transforma tradição em qualidade

Há mais de um século, engenharia civil da UFRGS transforma tradição em qualidade 150 150 Cimento Itambé

Fundado em 1896, e reconhecido a partir de 1900, curso é um dos mais antigos do Brasil e também um dos mais premiados por suas pesquisas

Por: Altair Santos

No começo de outubro de 2011, o de partamento de engenharia civil da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) foi premiado pela Editora Abril, através de levantamento feito pelo Guia do Estudante, como detentor de um dos melhores cursos do Brasil. O título confirma a posição que a graduação obteve no mais recente ranking do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) com base no desempenho do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) quando foi considerado o 6º melhor do país.

Sala de aula do curso de engenharia civil da UFRGS: curso atrai alunos do Mercosul

O reconhecimento do curso de engenharia civil da UFRGS é fruto da tradição. A graduação é uma das mais antigas do Brasil. Foi fundada em 1896, com reconhecimento em 1900, e ao longo destes mais de 100 anos a universidade investiu maciçamente em recursos humanos. “Sempre houve uma busca constante pela qualificação de professores e técnicos. Com isso, o curso tem atraído os melhores alunos da região sul e de países do Mercosul”, dizem os professores João Ricardo Masuero e Alexandre Rodrigues Pacheco, respectivamente, chefe e coordenador do departamento.

Esta combinação leva a engenharia civil da UFRGS a ter uma participação atuante em projetos de pesquisas e extensão, em parceria com empresas do setor. O curso também deu um salto de qualidade quando consolidou sua pós-graduação, a partir de 1970. “Todos esses anos deram ao ensino da nossa engenharia civil uma base didática e pedagógica sólidas, a qual permite a inserção continuada do desenvolvimento do ensino”, explica João Ricardo Masuero.

As pesquisas realizadas pela engenharia civil da UFRGS já renderam recentemente os seguintes prêmios à universidade:

– Melhores práticas da Comunidade da Construção, da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland) com o trabalho “Produção de Estruturas de Concreto Armado com Concreto Autoadensável”

– Prêmio Antônio Mourão Guimarães, da ABM, pelo trabalho “Estudo do efeito da adição do pó de aciaria nas propriedades microestruturais de matrizes à base de cinzas volantes álcalis-ativadas”

– Prêmio Pini – Iniciativa Setorial de Destaque 2009, para Núcleo Orientado para a Inovação da Edificação (NORIE-UFRGS) – ao grupo de professores, alunos e funcionários
– Prêmio Odebrecht – contribuições da engenharia para desenvolvimento sustentável – para o trabalho ”Cimento ecológico: cinzas volantes ativadas por solução composta de

resíduos de tijolos refratários dolomíticos e hidróxido de sódio”
– Primeiro lugar no Concurso Falcão Bauer – Novos Materiais, Câmara Brasileira da Indústria da Construção/ SINDUSCON-GO
– Sinduscon Premium – Categoria case acadêmico – para os trabalhos “Desenvolvimento de concreto branco estrutural para a utilização em estruturas de concreto armado” e “Concreto auto-adensável”

– Sinduscon Premium – categoria Acadêmica para o Núcleo Orientado pela Inovação da Edificação (NORIE-UFRGS) – para o grupo de professores, alunos e funcionários, SINDUSCON-RS

Atualmente, com quase mil alunos na graduação, 92 na pós-graduação para mestrado e 96 para doutorado, a UFRGS desenvolve programas de iniciação científica e tecnológica, com financiamento a partir dos órgãos de fomento do poder público, como CAPES, CNPq, FINEP e FAPERGS. A universidade também está presente em desenvolvimento de pesquisas na área de pavimentação, em parceria com a Petrobras; na área de linhas de transmissão, com a Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica e a Centrais Elétricas do Norte do Brasil; de desenvolvimento de materiais cimentícios, tecnologia do concreto, argamassas especiais e aerodinâmica das construções, em parceria com a Agência Nacional do Petróleo e escritórios de projeto estrutural.

Sobre o estudo do concreto, o curso de engenharia civil da UFRGS dedica uma carga horária significativa do currículo para a área. “A graduação conta com disciplinas de execução de obras de concreto armado, projeto de estruturas de concreto armado, de concreto protendido, de estruturas pré-moldadas, dosagem de concretos e argamassas especiais e patologia de estruturas de concreto. Já no programa de pós-graduação, existem tópicos avançados no projeto de estruturas de concreto, patologia de estruturas de concreto, tecnologia de dosagem de concretos convencionais e especiais e as linhas de pesquisa de patologia e recuperação de estruturas e construções, além de projetos e análises de estruturas de concreto e fundações, tecnologia de materiais e processos construtivos”, revela Alexandre Rodrigues Pacheco.

Laboratório da UFRGS: universidade investe muito em disciplinas práticas para os alunos

Ainda na área de concreto, a UFRGS desenvolveu recentemente um trabalho em parceria com a ABCP, denominado “concreto para fast-track: ensaios in situ para controle da resistência à tração”. É através de projetos como esse que o departamento de engenharia civil consegue crescer sem perder qualidade. O curso atualmente oferece 160 vagas no vestibular e está investindo intensamente em infraestrutura, construindo novos prédios e adquirindo novos equipamentos para seus laboratórios, salas de aula e biblioteca. Tudo isso, também para atender a demanda do mercado. “Nossos egressos, já antes da formatura, vêm garantindo colocação qualificada. A maior porcentagem é absorvida pelo setor imobiliário da construção civil, seguido da indústria petroquímica”, comemoram os responsáveis pelo departamento de engenharia civil da universidade.

 

 
Entrevistados
Alexandre Rodrigues Pacheco, coordenador da comissão de graduação do curso de engenharia civil
João Ricardo Masuero, chefe do departamento de engenharia civil da UFRGS
Currículos
– João Ricardo Masuero
possui graduação em engenharia civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1988)
– Tem mestrado em engenharia civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1992) e doutorado em engenharia civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2009)
– Atualmente é professor assistente da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
– Tem experiência na área de Engenharia Civil, com ênfase em estruturas
– Atua principalmente nos seguintes temas: computação paralela, dinâmica dos sólidos computacional, dinâmica dos fluídos computacional, métodos dos elementos finitos
– Alexandre Rodrigues Pacheco possui graduação em engenharia civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1992)
– Tem mestrado em engenharia civil (estruturas) também pela UFRGS (1996) e doutorado em engenharia civil (estruturas) pela The Pennsylvania State University (2003) depois de se transferir de Cornell University (Ithaca, NY)
– Atualmente é professor adjunto da UFRGS, vinculado ao departamento de engenharia civil
– Atua na área de estruturas e predominantemente em temas concernentes às estruturas de concreto estrutural, tais como modelagens por intermédio do método dos elementos finitos

Contato
joao.masuero@ufrgs.br
apacheco@ufrgs.br

Créditos Fotos: Divulgação/UFRGS

Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330
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