Febrace faz geração Z redescobrir engenharia

Promovida desde 2003 pela USP, Feira Brasileira de Ciências e Engenharia estimula jovens do ensino fundamental e médio a abraçarem a profissão.

Promovida desde 2003 pela USP, Feira Brasileira de Ciências e Engenharia estimula jovens do ensino fundamental e médio a abraçarem a profissão

Por: Altair Santos

Em 2012, a Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia) comemora sua 10.ª edição. O evento, promovido pela Universidade de São Paulo (USP), tornou-se referência no Brasil para a captação de jovens talentos voltados para a pesquisa e a inovação tecnológica. Anualmente, ele atrai estudantes do ensino fundamental, médio e técnico de todas as regiões do país. Em 2011, a feira contou com 302 projetos desenvolvidos por 670 estudantes. O que chamou a atenção foi a quantidade de trabalhos voltados especificamente à engenharia. Foram 68, com destaque para a eletrônica, a mecânica e a civil.

Roseli de Deus Lopes: criadora da Febrace sente que a engenharia volta a despertar interesse dos jovens.

Segundo a coordenadora da Febrace, Roseli de Deus Lopes, o que se percebe é que a feira tem conseguido estimular a chamada geração Z – termo que define os nascidos desde a segunda metade da década de 90 – a redescobrir a engenharia. “Eles têm potencial para a área de engenharia e a gente tem tido todos os anos uma quantidade razoável de projetos nesta área”, diz. Na edição de 2011, a engenharia eletrônica foi contemplada com 30 projetos, a mecânica com 12 e a civil com 8. “O interesse é despertado quando eles veem que estão usando o conhecimento para resolver um problema de verdade”, avalia Roseli de Deus Lopes.

Dos trabalhos voltados para a engenharia civil, um dos que mais chamou a atenção foi o que estudava escória de alto forno como matéria-prima para produzir areia artificial. “Houve também projetos que envolviam engenharia civil e elétrica, como os de residências inteligentes. Além disso, entre os estudos com materiais alternativos de baixo custo, tinha um que agregava fibras de aço como elemento estrutural no cimento”, explica a coordenadora da feira. “Eram todos projetos muito focados e interessados em apresentar soluções. Isso mostra que quando os jovens são provocados pelos educadores eles vão fundo”, completou.

Semeando o futuro
Como resultado do que é apresentado na Febrace está a qualificação dos alunos que participam da feira em boas universidades e a viabilidade de alguns projetos, quando são encampados por parceiros da Febrace. “As empresas enxergam a Febrace como um semear para colher lá na frente. Elas sabem que em pouco tempo os jovens que se apresentam na feira estarão aptos para entrar no mercado de trabalho. Então, elas investem para que eles continuem se desenvolvendo”, revela Roseli de Deus Lopes, destacando que uma das virtudes da Febrace é dar visibilidade aos jovens e identificar talentos.

A feira também abre portas para que alguns trabalhos participem de feiras internacionais, como a Intel Isef (International Science and Engineering Fair), que acontece na Califórnia (EUA) e reúne cerca de 60 países. “Tem também outras iniciativas. No ano passado (2010) a gente levou cinco estudantes para um acampamento científico na Coréia do Sul. Tem também a indicação de alunos para o Instituto Weissman, de Israel, onde os selecionados fazem uma imersão em pesquisas”, afirma a coordenadora da feira. De acordo com dados da Febrace, entre 60% e 70% das escolas participantes da feira são técnicas públicas. Há também uma boa adesão de escolas bancadas por fundações sem fins lucrativos.

Para a edição 10 da Febrace, em 2012, Roseli de Deus Lopes revela que o eixo principal será buscar parcerias mais sólidas para a feira. “Principalmente com empresas em que a gente possa investir no desenvolvimento destes talentos, pois não basta chegar lá na ponta e descobrir que ele existe. É importante fazer um acompanhamento, para que eles realmente cresçam e não fiquem com aquela sensação de que mostraram um projeto na feira, mas não conseguiram viabilizar. A meta é ajudá-los a transformar a ideia em um produto de verdade”, finaliza a coordenadora da Febrace.

Abertura da Febrace 2011, em março de 2011: feira atrai estudantes do ensino fundamental, médio e técnico de todas as regiões do país.

Entrevistada
Roseli de Deus Lopes, coordenadora da Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia)

Currículo

– Professora Doutora Livre-Docente do Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).
– Graduada em Engenheira Elétrica pela Universidade de São Paulo, mestrado e doutorado pela Escola Politécnica da USP.
– Participa ativamente em organizações técnicas e profissionais nacionais e internacionais como a SBC (Sociedade Brasileira de Computação), IEEE (The Institute of Electrical and Electronics Engineering) e ACM (Association for Computing Machinery).
– Coordena projetos de desenvolvimento de jogos colaborativos. É responsável pela concepção e viabilização da FEBRACE (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia) onde atua como coordenadora geral desde 2003.
– Atua, desde meados de 2005, na análise técnico-econômica e de aplicabilidade na Educação Básica do projeto Um Computador por Aluno (UCA), por meio do LSI-EPUSP com apoio do MCT e MEC.
– É membro do Grupo de Trabalho Assessor do MEC relacionado ao projeto UCA, desde janeiro de 2007.
Contatos: roseli@lsi.usp.br / roseli.lopes@lsi.usp.br / gim.arruda@hotmail.com (assessoria de imprensa) / elena@lsi.usp.br (assessoria de imprensa) / vitor@lsi.usp.br (assessoria de imprensa)

Crédito Fotos: Divulgação/USP

ornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330


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