Emirados Árabes projeta primeiro shopping-cidade

7 de agosto de 2014

Emirados Árabes projeta primeiro shopping-cidade

Emirados Árabes projeta primeiro shopping-cidade 1024 681 Cimento Itambé

 Estrutura tem números superlativos e servirá de moradia para 50 mil pessoas, no mínimo. Área de 4,5 milhões de m² será toda climatizada

Por: Altair Santos

Os Emirados Árabes Unidos transformaram-se no paraíso da engenharia e da arquitetura. Financiados pelo dinheiro dos xeques, projetos que seriam inviáveis em outras nações tornam-se realidade naquela confederação de monarquias árabes localizada no Oriente Médio. O Burj Khalifa, atualmente o prédio mais alto do mundo, com 828 metros de altura, é um exemplo. Construído em Dubai, ele deixará de monopolizar as atenções quando mais uma megaobra for concluída na cidade. Agora, o que está para ser viabilizado é um novo conceito de shopping. Trata-se de um shopping-cidade.

Construção será na cidade de Dubai e deve custar US$ 20 bilhões

O projeto, lançado no começo de julho de 2014, prevê colocar sob uma cúpula de vidro a estrutura de uma cidade onde não circularão carros, e na qual um shopping center com 8 milhões de m² de área construída irá concentrar todos os serviços necessários para uma população fixa de 50 mil habitantes. Além disso, os idealizadores preveem que uma população flutuante de 180 milhões de pessoas passará anualmente pelo local. Para suportar esse volume de turistas, o complexo terá 20 mil leitos de hotéis e uma série de espaços voltados ao entretenimento.

Assinado pela Dubai Holding, uma incorporadora do xeque Mohammed bin Rashid al-Maktoum, o shopping-cidade terá um aparato tecnológico que o deixa com ares de obra futurista. “Este projeto complementa nossos planos para transformar Dubai em um centro cultural, turístico econômico para os dois bilhões de pessoas que vivem na região do Oriente Médio”, explica o financiador da obra, disposto a investir 100 bilhões de dólares no empreendimento. O custo alto levou o Fundo Monetário Internacional (FMI) a emitir uma nota sobre o risco de uma nova bolha imobiliária naquela região do mundo, que poderia ganhar proporções internacionais como a que ocorreu em 2008 nos Estados Unidos.

Cidade climatizada

O Mall of the World – nome oficial da megaobra – tem números superlativos por onde quer que se olhe. Ocupará uma área total de 48 milhões de m², incluindo shopping e cidade, e será totalmente climatizado. Com essa tecnologia, turistas não precisarão se submeter ao calor de 50°C que faz no país durante o verão. “Nossas ambições são maiores do que ter o turismo sazonal. O turismo é fator-chave da nossa economia e nosso objetivo é tornar os Emirados Árabes Unidos um destino atraente durante todo o ano. É por isso que vamos começar a trabalhar na criação de ambientes com temperatura controlada, agradáveis durante os meses de verão. Estamos confiantes da força de nossa economia, otimistas sobre o futuro do nosso país e continuamos a ampliar nossa visão”, acrescenta Mohammed bin Rashid al-Maktoum.

Sob o ponto de vista de construção, a obra deve consumir perto de 2 milhões de m³ de concreto e terá uma área construída de 32 milhões de m² – boa parte usará estruturas pré-fabricadas. No complexo ainda haverá um hospital e estacionamento coberto para 50 mil veículos. Quem for visitar o shopping-cidade deverá deixar o carro obrigatoriamente nesta área e só poderá circular a pé. O Mall of the World está previsto para ser inaugurado em 2020. Até lá, o Dubai Mall, também construído em Dubai, segue como o maior shopping center do mundo. Inaugurado em 2008, ele custou 20 bilhões de dólares.

Veja vídeo da Mall of the World


Entrevistado
Dubai Holding
Contato: www.dubaiholding.com

Crédito Foto: Divulgação/Dubai Holding

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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