Edifício residencial em Joinville usa construção hiperestática

Técnica é opção para projetos que buscam aliar velocidade de construção, eficiência, qualidade e segurança

A interconexão em construções hiperestáticas é um aspecto crucial no projeto e construção de estruturas complexas.
Crédito: Perville Engenharia

Nos Estados Unidos, as técnicas de construção pré-fabricada e pré-moldada são amplamente utilizadas, não apenas como soluções práticas para muitos desafios de construção, mas também como soluções estéticas. No Brasil, essas técnicas são bastante empregadas em pontes, viadutos, dormentes de trem, na indústria e em edifícios-garagem. Recentemente, a Perville Engenharia e Empreendimentos utilizou a estrutura pré-fabricada hiperestática na construção de um edifício residencial em Joinville (SC). Essa técnica consiste em utilizar elementos de concreto que são montados e consolidados no local e são altamente resistentes a cargas e esforços, garantindo uma maior segurança

Estrutura pré-fabricada hiperestática 

De acordo com o Marco Antonio Kruger, engenheiro civil da Perville Engenharia, e  Leticia Meurer, técnica em Química e responsável pela qualidade de fabricação da Perville, as estruturas hiperestáticas apresentam mais restrições nas ligações de suporte, o que exige uma análise mais detalhada do projeto e torna o processo construtivo menos comum.

Estruturas hiperestáticas apresentam uma estética diferenciada devido aos grandes vãos que permitem um layout otimizado.
Crédito: Perville Engenharia

“As estruturas hiperestáticas geralmente são utilizadas em obras que requerem maior capacidade de carga ou resistência a deslocamentos. Essas construções são compostas por peças estruturais que formam um conjunto complexo e rígido. Esta estrutura, por sua vez, se torna muito mais rígida do que as obras pré-fabricadas comuns. Além disso, ela se assemelha a uma estrutura moldada in loco, o que garante uma velocidade de execução muito mais rápida do que a convencional”, explicam os profissionais da Perville

Com essa técnica, é possível evoluir a partir do modelo inicial e projetar diversas obras, incluindo edifícios comerciais, unidades escolares e edificações industriais, além de edifícios residenciais com vários pavimentos. “O fato da estrutura ser mais rígida permite que essas edificações tenham uma altura maior, o que possibilita a construção de uma quantidade maior de pavimentos”, afirmam Leticia e Kruger.

Ainda, essas estruturas são altamente resistentes a abalos sísmicos e permitem reduzir o número de pilares necessários para sustentá-las. “Consequentemente, elas se mostram extremamente úteis em áreas urbanas densamente povoadas”, destacam os profissionais da Perville.

Estética diferenciada

A utilização de lajes alveolares pode cobrir vãos de até 20 m sem necessidade de escoramento durante a instalação.
Crédito: Perville Engenharia

Além das vantagens técnicas, as estruturas hiperestáticas apresentam uma estética diferenciada devido aos grandes vãos que permitem um layout otimizado. Além disso, elas não possuem consoles, o que melhora sua estética arquitetônica, segundo Leticia e Kruger.

Técnica italiana

O edifício construído em Joinville utilizou uma técnica adquirida pela Perville Engenharia e Empreendimentos, em 2016, na Itália. Leticia e Kruger apontam que o país é referência em inovação de sistemas construtivos pré-fabricados. “O país investe constantemente em pesquisas e inovações na área da construção civil e é conhecido por sua excelência de design em estruturas de concreto pré-fabricado”, justificam os profissionais da Perville.

Entrevistados

Leticia Meurer é técnica em Química e responsável pela qualidade de fabricação da Perville Engenharia
Marco Antonio Kruger é engenheiro civil da Perville Engenharia

Contato
perville@perville.com.br

Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP



Massa Cinzenta

Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.

Veja todos os Conteúdos

Cimento Certo

Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.

Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS

Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32

Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40

Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.

Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI

O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.

descubra o cimento certo

Cimento Certo

Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.

descubra o cimento certo