Mesmo na crise, currículo não pode mentir

2 de janeiro de 2017

Mesmo na crise, currículo não pode mentir

Mesmo na crise, currículo não pode mentir 600 338 Cimento Itambé

Às vezes, projetos que não deram certo, mas demonstram compromisso, podem contar muito mais sobre o candidato que informações falsas

Por: Altair Santos

Pode até ser compreensível que, na crise, e com a alta concorrência por vagas, o currículo ganhe tons mais carregados, a fim de levar o candidato até aquela entrevista decisiva. Mas cuidado: os departamentos de recursos humanos estão cada vez mais preparados para detectar mentiras curriculares. Afinal, no Brasil, como mostra recente pesquisa da consultoria Robert Half – empresa especializada em recrutamento -, 42% dos currículos enviados às empresas brasileiras estão carregados de mentiras.

Currículo é para retratar a vida profissional, e não peça de ficção

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As mais comuns estão relacionadas com as razões da saída de empregos anteriores, cargos que os candidatos dizem ter ocupado em suas carreiras, formação acadêmica e fluência em idiomas. A própria Robert Half desenvolveu um guia de como detectar essas mentiras. A orientação é que o recrutador pince dados aleatórios do currículo, trabalhe a emoção dos candidatos e busque saber mais sobre os resultados obtidos do que o cargo ocupado pelo pretendente.

Por isso, na hora de montar o currículo, vale o bom senso, além da verdade. Mesmo projetos que não deram certo, mas demonstraram comprometimento, podem contar muito mais sobre o candidato que uma mentira. Além disso, é preciso lembrar que os dados postados nas redes sociais também podem ser levados em conta pelos recrutadores – principalmente, se essas informações estão no Linkedin. Há headhunters que utilizam até softwares para fazer a triagem. São programas que caçam palavras-chave nos textos, tanto para detectar mentiras quanto para selecionar os perfis que mais interessam às empresas.

Dicas
O site americano Business Insider lista dicas sobre como passar pelos robôs que leem currículos. Entre elas:
1. Use palavras-chave no seu currículo pescadas no anúncio da vaga de emprego.
2. Não use cabeçalhos e rodapés. Eles podem fugir do foco do “software-robô”.
3. Use “bullet points” (pontos marcantes) para descrever suas conquistas e realizações em empregos anteriores. Isso facilita o uso das palavras-chave.
4. Escreva seu currículo com fontes-padrão para web, como Arial, Tahoma e Verdana.
5. Verifique a ortografia. Erros de português e de digitação podem excluir seu currículo das buscas.
6. Não se limite a confinar o currículo em uma página.
7. Não use abreviações.
8. Não use tabelas, gráficos ou logotipos. O software não lê esse tipo de informação.
9. Evite mandar seu currículo no formato PDF. Alguns softwares não conseguem ler esses arquivos.

Outra informação importante está relacionada à customização. Profissionais mais experientes devem montar seu currículo de maneira diferente em relação aos recém-formados e aos que buscam mudar de carreira. Para isso, é fundamental colocar as seções do currículo na ordem certa para cada perfil. Por exemplo, para quem já tem experiência no mercado, a ordem sugerida é: resumo, experiência profissional, educação, competências e certificações. Já os recém-formados devem iniciar por educação, seguido de experiência, liderança, prêmios e outras atividades. Para quem quer mudar de carreira, a ordem é a seguinte: objetivo, experiência relevante, experiência adicional, educação, competências e certificados.

Entrevistado
Robert Half consultoria (via assessoria de imprensa)

Contato
saopauloeng@roberthalf.com.br

Crédito Foto: Divulgação

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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