Curitiba se destaca em obras com selo Zero Energy

Capital paranaense já possui 4 certificações, o que a torna a cidade com mais obras autossuficientes do país

Sede da Petinelli Engenharia, em Curitiba: 90 m² de painéis fotovoltaicos geram 223 MWh e fazem edificação ser autossuficiente em energia Crédito: Lex Kozlik
Sede da Petinelli Engenharia, em Curitiba: 90 m² de painéis fotovoltaicos geram 223 MWh e fazem edificação ser autossuficiente em energia
Crédito: Lex Kozlik

O USGBC (United States Green Building Council), organismo que avalia os empreendimentos ambientalmente sustentáveis em todo o mundo, concedeu o selo LEED Zero Energy Building para a sede da Petinelli Engenharia, em Curitiba. A chancela atesta que a edificação é autossuficiente ao produzir toda a energia elétrica que consome ao longo de sua operação anual. Com o reconhecimento, a capital paranaense se destaca como a cidade brasileira com mais construções certificadas como autossuficientes no país.

São quatro as obras em Curitiba que asseguraram o selo Zero Energy Building. Além da Petinelli Engenharia, a RAC Engenharia, o escritório De Paola & Panasolo Sociedade de Advogados e a Residência M&L. Essa liderança é destacada pelo CEO do USGBC, Mahesh Ramanujam. “Com mais essa chancela, Curitiba serve como modelo global. Os projetos LEED Zero estão contribuindo para reconfigurar o futuro e aprimorar a saúde e o bem-estar”, comenta.

O conceito de edificações energia zero vai além da instalação de painéis fotovoltaicos. É preciso preparar o edifício para que ele tenha desempenho térmico. Isso inclui posicionamento em relação à insolação e ao sombreamento, dimensionamento das janelas e um sistema eficiente de iluminação, climatização e ventilação – todos adequados ao volume de energia que o empreendimento vai gerar. O objetivo é que a construção faça uso zero da energia elétrica fornecida pela operadora local e, se possível, ganhe créditos ao devolver o excedente do que produz para a rede elétrica de sua região.

Para obter o selo Zero Energy Building, edificação é monitorada durante 12 meses

Para obter o selo Zero Energy Building, a edificação é monitorada durante 12 meses. Neste período, precisa comprovar o quanto ela produz de energia e o quanto consome. Se esse número ficar zerado, ou se a produção for maior, considera-se que a construção atende aos requisitos da certificação. “Dificilmente viabiliza-se um projeto de edifício zero energia sem que a edificação adote sistemas e materiais eficazes para a redução do consumo de energia”, explica o professor-doutor da Poli-USP, Alberto Hernandez Neto.

No caso da mais recente edificação de Curitiba a obter a certificação Zero Energy Building, o que houve foi a transformação de um antigo barracão industrial da década de 1980 em uma edificação autossuficiente em consumo de energia. O processo levou três anos e o investimento chegou a 60 mil reais. A expectativa da Petinelli Engenharia é que o custo se pague em, no máximo, 5 anos.

O retrofit envolveu as seguintes ações: isolamento térmico do telhado; troca de janelas para melhorar a estanqueidade e evitar a troca de calor; instalação de 90 m² de painéis fotovoltaicos que garantem geração anual de 223 MWh de energia; sistema de iluminação e de ar-condicionado com sensores de presença, e eliminação de servidores e a troca de desktops por notebooks nas áreas de trabalho.

Entrevistado
USGBC (United States Green Building Council (via assessorial de comunicação)

Contato: info@usgbc.org

 Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330



Massa Cinzenta

Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.

Veja todos os Conteúdos

Cimento Certo

Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.

Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS

Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32

Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40

Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.

Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI

O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.

descubra o cimento certo

Cimento Certo

Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.

descubra o cimento certo