Curitiba instala comissão para vistoriar pontes e viadutos

Intenção é analisar 63 estruturas na cidade, com o objetivo de prevenir riscos e realizar intervenções, se necessário

Vistoria técnica no viaduto do Orleans: rachaduras na superfície e corrosão na parte de baixo do viaduto inspiram cuidados. Crédito: Rodrigo Fonseca/CMC
Vistoria técnica no viaduto do Orleans: rachaduras na superfície e corrosão na parte de baixo do viaduto inspiram cuidados.
Crédito: Rodrigo Fonseca/CMC

A prefeitura de Curitiba e a câmara de vereadores da cidade instalaram comissão para vistoriar 63 pontes, viadutos e trincheiras. A inspeção conta com o embasamento técnico do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI), do Instituto de Engenharia do Paraná e do Escritório Modelo de Engenharia (EMEA) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Quatro visitas técnicas já foram realizadas. Segundo o engenheiro civil e professor-titular da UFPR, Mauro Lacerda Santos Filho, essas vistorias “apontam para algumas intervenções iniciais a serem executadas”.

Entre as obras já visitadas pelos técnicos estão os viadutos Colorado, do Orleans e os que fazem a ligação entre os contornos sul e norte, na BR-277, além da ponte de madeira do parque Tingui. “As ações do colegiado da comissão de pontes e viadutos iniciaram em novembro de 2019 com o intuito de avaliar a segurança destes dispositivos, além de sugerir melhorias viárias. Os vereadores devem se reunir em breve para definir a programação das próximas vistorias”, explica o presidente da comissão especial, vereador Mauro José Ignácio.

Sobre as obras que receberam visitas técnicas, os engenheiros civis que auxiliam a comissão fizeram as seguintes observações. Em relação ao viaduto Colorado, foi aconselhado instalar sinalização para reduzir a velocidade dos veículos, principalmente no setor da junta estrutural, até que seja feita a substituição. No viaduto do Orleans, que passa por cima da BR-277 e liga os bairros São Braz, CIC e Campo Comprido, foram encontradas rachaduras na superfície e um pouco de corrosão na parte de baixo do viaduto, o que “inspira cuidados”. Também foi sugerida manutenção e conservação dos elementos de drenagem e guarda-corpos. 

Visitas técnicas às estruturas vão se estender até 19 de abril de 2020

Os viadutos que ligam os contornos sul e norte foram avaliados como “em boas condições”, porém foi recomendada manutenção preventiva. O diagnóstico técnico diz o seguinte: “Há um processo de envelhecimento nas juntas de dilatação e algumas infiltrações que acarretam a proliferação de fungos”. A respeito da ponte de madeira do Parque Tingui, a sugestão dos técnicos é que haja um monitoramento constante da estrutura, devido ao fluxo intenso de veículos e a falta de controle de carga. De acordo com o presidente da comissão, não foi recomendada nenhum tipo de interdição ou verificação de estado crítico das obras de arte até agora inspecionadas. 

Mauro Ignácio salientou, porém, que podem ser sugeridas a construção de novas pontes, viadutos e trincheiras, substituindo obras antigas por estruturas mais modernas. É o caso da ponte do Parque Tingui, que o Ippuc pretende lançar licitação para reconstruí-la no valor máximo de 5 milhões de reais. “A partir das vistorias, o colegiado vai estabelecer um catálogo oficial e apresentar à prefeitura de Curitiba um relatório com o resultado das inspeções. A comissão já encaminhou relatórios parciais, mas alerta que é importante a participação da população para apontar problemas”, diz. As visitas técnicas às estruturas vão se estender até 19 de abril de 2020.

Veja vídeo de vistoria técnica no viaduto do Orleans, sobre a BR-277

Entrevistados
Engenheiro civil Mauro Lacerda Santos Filho, professor-titular da UFPR e coordenador do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI)
Vereador Mauro José Ignácio, presidente da comissão especial de pontes e viaduto

Contato
maurolacerda1982@gmail.com
mauro.ignacio@cmc.pr.gov.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330



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