O vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, oficializou em janeiro a assinatura de um contrato com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Este documento tem como objetivo a realização de um estudo para viabilizar a concessão e implantação de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) conectando Curitiba ao Aeroporto Internacional Afonso Pena, situado em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
Estima-se que o investimento na obra alcance a marca de R$ 2,5 bilhões, com um prazo de execução de dois anos após o lançamento oficial da concessão, planejado para julho de 2025. Pimentel confirmou que os estudos técnicos para avaliar a viabilidade do projeto terão início em março de 2024 e serão concluídos até maio de 2025.
“A análise vai nos mostrar os custos, a ideia da tarifa e investimento necessário para uma obra que fortalece cada vez mais o eixo de integração na Região Metropolitana de Curitiba. Isso vai ao encontro do trabalho de sustentabilidade das cidades e do Estado com um veículo totalmente elétrico, todo um trabalho de requalificação urbana, com menos impacto na área urbana das cidades e um valor possível de viabilidade”, afirmou Pimentel.
Segundo Gilson Santos, diretor-presidente da Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep), parceira da iniciativa, “esse estudo vai definir a viabilidade econômica, financeira e de operação desse novo modal para atender uma região importante onde temos já uma boa infraestrutura e uma boa demanda de usuários para o atendimento no transporte metropolitano”.
Trajeto e obras necessárias a serem realizadas
De acordo com a Prefeitura de Curitiba, se o projeto de concessão for aprovado, está previsto um percurso de 22,8 km de VLT em operação entre os dois municípios, para atender uma capacidade diária de até 160 mil passageiros do transporte metropolitano.
O trajeto incluirá 27 paradas, das quais quatro serão em terminais de integração: Hauer, Carmo, Boqueirão e Terminal Central (São José dos Pinhais). De acordo com a proposta, esses terminais também passarão por reformas. Além disso, o percurso contemplará 23 estações de embarque e desembarque ao longo do caminho entre as duas cidades.
Ainda, o trajeto deverá ter sua maior parte na superfície, mas também contará com um trecho elevado e outro subterrâneo. O percurso entre o Terminal Central e o Aeroporto Afonso Pena (3,2 km), por exemplo, deverá ser elevado. Já na região do Centro Cívico, ele poderá ser subterrâneo, devido ao tráfego na região e ao impacto causado à paisagem urbana.
A futura rota do VLT está planejada para aproveitar a infraestrutura das canaletas exclusivas já existentes, cobrindo uma extensão de 10,6 km ao longo da Avenida Marechal Floriano Peixoto, desde a Praça Carlos Gomes, no centro de Curitiba, até o Terminal Boqueirão. Neste terminal, atualmente opera um corredor de BRT que será descontinuado para dar lugar ao VLT.
O projeto também prevê a expansão da rota atual do BRT Boqueirão tanto ao norte, conectando a Praça Carlos Gomes ao Centro Cívico, quanto ao sul, estendendo-se do Terminal Boqueirão até o Aeroporto Internacional Afonso Pena, com passagem pelo Terminal Central em São José dos Pinhais. Com essas adições, a linha terá uma extensão total de 19,6 km.
O plano ainda incluirá medidas adicionais para promover a integração da nova linha com outros meios de transporte, através da introdução de serviços complementares de mobilidade. Além disso, será realizada uma revitalização urbana ao longo do percurso, com a inclusão de áreas de convivência, renovação de calçadas, instalação de infraestrutura para ciclistas, e uma série de outros benefícios.
Fonte:
Prefeitura de Curitiba
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Marina Pastore
DRT 48378/SP
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