Construção civil gerou cerca de 160 mil vagas de emprego em 2023

Dados divulgados pelo Caged mostram que a construção foi o terceiro grupo com mais postos de trabalho no país
6 de março de 2024

Construção civil gerou cerca de 160 mil vagas de emprego em 2023

Construção civil gerou cerca de 160 mil vagas de emprego em 2023 1024 683 Cimento Itambé
Número de empregos formais na construção, em 2023, superou os 158 mil.
Crédito: Envato

O saldo de empregos formais gerados pela construção civil durante todo o ano de 2023 ficou em 158.940, de acordo com os dados divulgados em 30 de janeiro pelo Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Esse número é resultado da diferença entre a quantidade de admissões (2,298 milhões) e de demissões (2,139 milhões).

O índice registrado pelo setor equivale a cerca de 11% do saldo total do país, que contabilizou 1,48 milhão de novos trabalhos com carteira assinada.  

As estatísticas mostram que, dos cinco grupos definidos pelo sistema, a Construção foi o terceiro que mais criou postos de emprego – o primeiro lugar ficou com Serviços (886.256), o segundo, com Comércio (276.528), o quarto, com a Indústria (127.145), e, o quinto, com a Agropecuária (34.762).

A economista Ieda Vasconcelos, da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), diz que o resultado de 2023 é menor do que o dos dois anos anteriores, mas que, ainda assim, é o terceiro melhor dos últimos 10 anos. “Há seis anos consecutivos, o mercado de trabalho do setor vem apresentando saldo positivo na criação de novas vagas”, explica.

Sobre a diminuição do número no ano passado em relação a 2022 (quando o setor registrou 192.725) e 2021 (245.271), a especialista cita como principais causas as altas taxas de juros e o elevado custo devido ao aumento nos preços dos insumos. “Apesar de mais estáveis nos últimos 12 meses, os preços dos materiais permanecem muito acima do registrado no período pré-pandemia”, afirma. 

Luiz França, presidente da Abrainc, ressaltou a importância dos dados, que continuam positivos. “O resultado do Caged mostra mais uma vez a força e a relevância do setor de construção civil para o país. Independentemente dos desafios macroeconômicos, o setor consegue gerar empregos que fazem a diferença para o Brasil”, afirma.

Dados do setor da construção

Os dados do Novo Caged mostram que todos os três segmentos da construção apresentaram resultados positivos. A Infraestrutura, por exemplo, foi responsável por 47.634 novos empregos, enquanto a Construção de Edifícios gerou 50.450 e os Serviços Especializados chegaram a 60.856 postos.

A região Sudeste ficou na liderança do número de carteiras assinadas (91.507), seguida pelo Nordeste (27.571), Centro-Oeste (14.535), Sul (13.032) e Norte (12.239). Em relação aos estados do país, São Paulo (50.897), Rio de Janeiro (22.308), Minas Gerais (13.513), Paraná (8.568) e Pará (7.907) foram os cinco que mais produziram vagas em 2023, segundo estatísticas oficiais. 

Fontes
Ieda Vasconcelos, economista da CBIC
Luiz França, presidente da Abrainc
Novo Caged

Jornalista responsável
Fabiana Seragusa 
Vogg Experience

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