Concreto sustenta modal inovador em São Paulo

26 de junho de 2013

Concreto sustenta modal inovador em São Paulo

Concreto sustenta modal inovador em São Paulo 1024 573 Cimento Itambé

Obra do monotrilho tem fábrica própria de vigas pré-moldadas e produzirá duas mil peças até a conclusão, prevista para 2016

Por: Altair Santos

Até o final de 2013, os primeiros 2,9 quilômetros do monotrilho de São Paulo entrarão em funcionamento. O modal é a nova aposta da maior cidade do país para o transporte público. Sobre pilares de concreto pré-moldado de até 15 metros de altura cada um, trens irão se locomover para interligar o extremo leste paulistano (Cidade Tiradentes) à estação do metrô da Vila Prudente. Estima-se que a obra estará 100% concluída em 2016. O consórcio que viabiliza a construção é integrado pelos grupos Queiroz Galvão, OAS e Bombardier. Tanto os veículos quanto a tecnologia construtiva são novidades no país e podem indicar uma nova alternativa para o transporte de massa nas grandes cidades.

Cada viga do monotrilho consome 42 m³ de concreto e tem até 15 metros de altura.

A escolha do modal foi orientada por aspectos como menor prazo de construção e rapidez para a entrada em operação do empreendimento, além de seu custo – orçado em R$ 2,4 bilhões. Enquanto a obra de uma linha de metrô de 26,5 quilômetros levaria até quinze anos para ser concluída, o monotrilho será entregue à população em menos de cinco. Em um ano, é possível construir cinco quilômetros de monotrilho, o que é aproximadamente metade do tempo de construção de um metrô subterrâneo. Isso é possível, graças ao menor número de desapropriações, que consomem tempo e recursos, e também em razão da inexistência de escavações exigidas na construção de um metrôconvencional.

O método construtivo empregará peças pré-moldadas, o que reduz o impacto da obra em vias públicas durante a execução. Serão duas mil vigas, medindo entre 1,2 e 1,5 metros de altura e 30 metros de cumprimento. Cada uma consumirá, em média, 42 m³ de concreto. Esse complexo sustentará lajes com 30 metros de cumprimento e 70 toneladas de peso. Para garantir a precisão das peças, o consórcio responsável pela obra construiu uma fábrica de pré-moldados somente para atender o empreendimento. Vigas e lajes precisam se encaixar milimetricamente e atender peculiaridades do projeto, como peças curvas e com superelevação variável. Para atender a demanda, todos os artefatos utilizam concreto com 50 MPa e são submetidos a cura elétrica (térmica).

Trem do modal será elétrico e com capacidade para transportar mil passageiros.

O monotrilho terá capacidade para transportar até 500 mil passageiros por dia. O sistema será composto por 54 trens elétricos, que atingirão velocidade máxima de até 80 km/h. Eles irão atender 17 estações. Cada composição terá sete vagões e poderá transportar até mil passageiros. O modal já é utilizado com sucesso em importantes centros urbanos da Ásia, Europa e América do Norte. Se for bem sucedido em São Paulo, deve desencadear obras semelhantes em outras cidades do país. Rio de Janeiro e Manaus têm projetos e Porto Alegre estuda expandir o sistema, batizado de “aeromóvel”.

Veja vídeo sobre a obra:

 

Entrevistado
Consórcio Expresso Monotrilho (via assessoria de imprensa)
Contato: http://www.expressomonotrilholeste.com.br/index.php
Créditos fotos: Divulgação

Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330
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