Com Clube de Mão de Obra, Anamaco resguarda consumidor

Parceria capacita profissional que atua em reformas e manutenção, e oferece serviços através de um aplicativo
4 de outubro de 2018

Com Clube de Mão de Obra, Anamaco resguarda consumidor

Com Clube de Mão de Obra, Anamaco resguarda consumidor 960 720 Cimento Itambé
Márcia Santos

Márcia Santos em palestra para profissionais do Clube de Mão de Obra: atendimento aos três estados do sul do país. Crédito: Clube de Mão de Obra

A Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção) chancela o Clube de Mão de Obra, que conta também com o apoio da indústria de materiais de construção e de lojas do varejo. Nascido para atender os três estados do sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná), o programa procura minimizar as dificuldades do consumidor em encontrar profissionais para atuar em reformas, reparos, acabamentos e manutenções. Através do Clube de Mão de Obra, ocorre o cadastramento de especialistas e a capacitação de profissionais. Quem está à frente do programa é Márcia Santos, que pretende expandi-lo para todo o país. Especializada em marketing, varejo e mídias sociais, ela explica como funciona o Clube de Mão de Obra.

Qual o objetivo do Clube de Mão de Obra?
Através de um portal na internet, e de um aplicativo, ele busca fazer a conexão entre a necessidade do consumidor leigo e a mão de obra apta para realizar serviços. A busca é realizada sem cadastro prévio de quem consulta e reúne mais de 50 categorias, que podem ser encontradas por estado, cidade e bairro. Além disso, o profissional que se cadastra no clube recebe capacitação mensal e é avaliado pelos trabalhos que executa.

Houve um estudo prévio para a criação do Clube de Mão de Obra?
A leitura do mercado demonstrava claramente essa carência nas lojas de materiais de construção. O produto é vendido, mas sua garantia fica comprometida se quem vai instalá-lo não domina a técnica. Havia muita insegurança nesta área.

O Clube de Mão de Obra abrange todo o país. Quais estados mais participam dele?
O Clube de Mão de Obra iniciou em Florianópolis-SC e região metropolitana da capital catarinense, há dois anos. Fomos capacitando e entendendo as carências do mercado. Recentemente, passamos a atuar em Joinville-SC e região metropolitana, Curitiba-PR e região metropolitana e em Tubarão-SC. Em outubro, vamos lançar o Clube de Mão de Obra em Porto Alegre-RS e região metropolitana. O objetivo é abranger todo o país, mas não queremos que vire um simples classificado de mão de obra. Existe a necessidade de cuidar de cada mercado com atenção, para que sejam realmente profissionais capacitados.

O programa tem o apoio da indústria de materiais de construção e de lojas do varejo?
Sim. A Indústria, através de cursos ministrados por seus técnicos e de visitas técnicas aos seus parques fabris, ajuda na certificação dos profissionais. Da mesma forma, as lojas do varejo indicam esses profissionais para os clientes que adquirem produtos-parceiros. Nas lojas de materiais de construção que incentivam o Clube de Mão de Obra existem banners com a seguinte mensagem: encontre um profissional qualificado, assim como o endereço do clube na internet.

E a parceria com a Anamaco, como funciona?
A Anamaco é o grande guarda-chuva, debaixo do qual estão as Acomacs de todo o Brasil. Não abrimos nenhum mercado sem ter a parceria de uma Acomac. Primeiro, porque seus associados (lojas de varejo) nos trazem clientes (mão de obra) para se cadastrarem e se capacitarem.  Assim, quem integra o clube são profissionais que já estão no mercado e desejam um selo de acreditação: “Faço parte do Clube, sei fazer”. O clube recebe uma mensalidade do associado profissional de mão de obra e 50% se reverte em renda extra para as Acomacs. Os espaços onde são feitos os treinamentos sempre são preparados pelas Acomacs. É como um convênio de benefícios para cada associação, que gera renda e movimento.

“Programa encurta caminhos e melhora a qualidade de toda a cadeia envolvida em uma obra”

Para o consumidor, quais as vantagens de existir um programa como o Clube de Mão de Obra?
O consumidor, através de um aplicativo que ele pode baixar sem custo e sem cadastro, obtém nome, referências e avaliações dos profissionais cadastrados na região, assim como pode ver fotos de obras e os cursos de capacitação realizados pela mão de obra que ele está consultando. É um ciclo onde todos ganham.

Quantos profissionais estão atualmente cadastrados no Clube de Mão de Obra?
Hoje temos cerca de 150. Alguns ainda estão se capacitando para depois disponibilizarem o serviço no app. Existem empreiteiras e construtoras parceiras que ensinam o ofício. Nossa projeção é de que até o final de 2018 chegaremos a 500 cadastrados. Nossa estrutura comercial e de treinamentos está se adequando a esse crescimento.

De que forma o programa serve para movimentar o mercado de trabalho da construção civil?
Ele encurta caminhos e melhora a qualidade de toda a cadeia envolvida em uma obra. A indústria tem mais segurança de que o know-how empregado em determinado produto não será desperdiçado, assim como o lojista tem confiança em indicar uma mão de obra para instalar o que ele está vendendo.

Engenheiros e arquitetos estão cadastrados no Clube de Mão de Obra?
Inicialmente não. Na medida em que observarmos a necessidade, vamos incluí-los no app. Recentemente, incluímos “limpeza de pós-obra” e “design de Interiores”.  Até frete tem gente pedindo para inserir. Estamos verificando essas demandas.

Entrevistada
Márcia Santos, especialista em marketing e mídias sociais pela Unisul e desenvolvimento de dirigentes pela Fundação Dom Cabral. Atuou por 25 anos como representante comercial, gerente de mercado e executiva de entidade setorial

Contatos
www.clubedemaodeobra.com.br/contato
www.clubedemaodeobra.com.br/empresa

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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