Cidades em transformação

19 de fevereiro de 2009

Cidades em transformação

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 O PAC da Mobilidade vai fazer algumas metrópoles do Brasil seguir o lema “50 anos em 5”
José Eugênio Souza de Bueno Gizzi

José Eugênio Souza de Bueno Gizzi

Em 20 de março, a Fifa (Federação Internacional das Associações de Futebol) define as 12 cidades brasileiras credenciadas a sediar jogos da Copa do Mundo de 2014. Após essa escolha, as metrópoles aprovadas passarão a receber investimentos do chamado PAC da Mobilidade Urbana. Trata-se de uma extensão do Programa de Aceleração de Crescimento, já em andamento no Brasil, e que será destinado a preparar as cidades para o evento de daqui a 5 anos.

Empreendimentos a serem feitos não faltam. Serão melhorias em aeroportos, terminais rodoviários, investimento em transporte público, capacitação da infraestrutura das cidades, com a construção de metrôs, avenidas e viadutos, num rol de obras cuja previsão de investimento gira entre R$ 38 bilhões e R$ 45 bilhões. Os recursos virão do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e de parcerias com a iniciativa privada. A meta é seguir o lema do ex-presidente Juscelino Kubitschek: 50 anos em 5.

Só em Curitiba, que concorre para ser uma das sub-sedes da Copa, estima-se que os investimentos cheguem a R$ 4 bilhões, incluindo aí os recursos para a construção do primeiro ramal do metrô, que ligará o Sul ao Norte da cidade. Para o vice-presidente da área técnica relacionado a obras públicas do Sinduscon-PR (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná), José Eugênio Souza de Bueno Gizzi, o montante de dinheiro necessário para Curitiba se adequar à Copa de 2014 é barato perto do prejuízo que ela terá se não estiver entre as 12 contempladas. “O pensamento que se deve fazer é: qual o custo se a cidade não estiver dentro deste projeto? Se isso ocorrer, a capacidade competitiva de Curitiba, que hoje é muito boa, estará comprometida. Então, o custo será caro sim, se a gente ficar de fora”, avalia.

A lista de obras para a capital paranaense começa pelo aeroporto internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais. Para a Copa, a Fifa exige que os terminais aéreos funcionem ininterruptamente e estejam preparados para receber qualquer aeronave. Assim, será necessário ampliar as duas pistas já existentes e construir uma terceira, além de expandir o terminal de passageiros e de cargas. Outra exigência se refere à implantação de um sistema de monitoramento de voos que permita pousos e decolagens em condições de clima adverso.

A ampliação do corredor conhecido como Avenida das Torres, a construção de um segundo viaduto no final da Avenida Marechal Floriano, na divisa com São José dos Pinhais, além de obras na Avenida Visconde de Guarapuava são outras prioridades previstas para Curitiba. Mas a obra mais importante será o metrô. Na opinião de José Eugênio Souza de Bueno Gizzi, a cidade terá a chance de antecipar em até 20 anos esse projeto. “Essa é a melhor oportunidade de acelerar esse processo em décadas”, diz. Os recursos estimados para os 22 quilômetros da 1.ª linha de metrô na cidade passam de R$ 3,5 bilhões.

Ainda segundo Gizzi, a vinda da Copa do Mundo para Curitiba, associada aos investimentos do PAC da Mobilidade, será também uma oportunidade rara para a engenharia, no sentido de pôr em prática toda uma demanda reprimida em termos de tecnologia. “O país se manteve parado por 25 anos, mas a engenharia seguiu evoluindo. Hoje dispomos de tecnologias que terão a oportunidade de vir à tona e melhorar a qualidade de vida do nosso povo”, garante.

Cidades candidatas a sub-sedes da Copa do Mundo

Porto Alegre (RS)
Florianópolis (SC)
Curitiba (PR)
São Paulo (SP)
Rio de Janeiro (RJ)
Belo Horizonte (MG)
Brasília (DF)
Campo Grande (MS)
Cuiabá (MT)
Goiânia (GO)
Salvador (BA)
Recife (PE)
Fortaleza (CE)
Natal (RN)
Belém (PA)
Manaus (AM)
Rio Branco (AC)

Ilustração do projeto do metrô de Curitiba obra avaliada em R$ 3,5 bilhões

Ilustração do projeto do metrô de Curitiba obra avaliada em R$ 3,5 bilhões

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330 – Tempestade Comunicação.

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