Primeiros estádios prontos para a Copa do Mundo investiram no sistema construtivo e cumpriram o cronograma de obras à risca
Por: Altair Santos
Um foi inaugurado dia 17 de dezembro de 2012; o outro, quatro dias depois. Os estádios Castelão, em Fortaleza/CE, e Mineirão, em Belo Horizonte/MG, foram os primeiros a ficar prontos para a Copa do Mundo de 2014. Enquanto outras construções só recentemente chegaram aos 50% das obras, os dois empreendimentos investiram maciçamente no pré-moldado para cumprir o cronograma à risca.
Segundo o secretário especial da Copa 2014 no Ceará, Ferruccio Petri Feitosa, no caso do Castelão a aposta no pré-moldado foi decisiva para dar agilidade aos trabalhos. “Não só a utilização do pré-moldado, como também no tipo da laje utilizada, que foi a steel deck“, ressalta. A laje steel deck serve como uma espécie de fôrma metálica para o concreto que fica na estrutura, trabalhando como armadura positiva. Além de dispensar escoramentos e servir de forro para o pavimento inferior, ela ainda assegura rapidez, facilidade de instalação e alta qualidade no acabamento.
O secretário Ferruccio Petri Feitosa lembra que outra solução que agilizou os trabalhos no Castelão foi o processo de terraplanagem. “Não medimos esforços para melhorar o solo e, com isso, poupar tempo com as fundações. Durante toda a obra foram realizados estudos e trabalhos intensos de engenharia para buscar sempre soluções que nos garantisse cumprir o cronograma”, diz.
O Castelão, que não partiu do zero, mas foi reformado, envolveu diretamente no canteiro de obras dois mil trabalhadores. A área construída é de 150 mil m² e a capacidade do estádio comporta 63.903 pessoas. A um custo de R$ 518,6 milhões, o empreendimento consumiu 59.117 m³ de concreto.
Já o Mineirão, que também foi reformado, teve um custo de R$ 695 milhões e consumiu 23.186 m³ de concreto, para uma área construída de 209 mil m². Com capacidade para 62.170 lugares, a construção envolveu três mil operários.
De acordo com a secretaria extraordinária da Copa do Mundo em Minas Gerais, o grande desafio enfrentado na reforma do Mineirão foi adequá-la ao fato de o estádio ser tombado pelo patrimônio histórico, o que impedia grandes alterações arquitetônicas, e equacionar a pouca oferta de mão de obra.
“Por isso, toda a tecnologia disponível para economizar no canteiro de obras foi útil. Neste ponto, o pré-moldado foi muito importante, assim como as intervenções no projeto original feitas através do sistema BIM (Building Information Modeling)”, finaliza o secretário da Copa em Minas, Fuad Noman.
Veja dados técnicos dos estádios:
Castelão
Trabalhadores no canteiro de obras: 2 mil
Empregos indiretos: 3 mil
Área construída: 150 mil m²
Capacidade: 63.903 lugares
Custo: R$ 518,6 milhões
Estacionamento: 1.900 vagas
Volume de concreto: 59.117 m³
Mineirão
Trabalhadores no canteiro de obras: 3 mil
Empregos indiretos: 3 mil
Área construída: 209 mil m²
Capacidade: 62.170 lugares
Custo: R$ 695 milhões
Estacionamento: 2.521 vagas
Volume de concreto: 23.186 m³
Entrevistados
Secretaria especial da Copa do Ceará e Secretaria extraordinária da Copa do Mundo de Minas Gerais (via assessoria de imprensa)
Contatos: sabrina@secopa.ce.gov.br / ana.martins@secopa.ce.gov.br / alexandra.gonzaga@copa.mg.gov.br
Créditos foto: Glauber Queiroz/Portal da Copa/ME