Capacidade instalada da indústria de material de construção volta a 80%

Índice iguala os patamares de fevereiro, março e abril de 2021; ABRAMAT vê produtividade em elevação
11 de agosto de 2021

Capacidade instalada da indústria de material de construção volta a 80%

Capacidade instalada da indústria de material de construção volta a 80% 1024 620 Cimento Itambé
Nos 12 meses recentes, a capacidade instalada da indústria de materiais de construção tem oscilado entre 77% e 88% Crédito: Pixabay

Nos 12 meses recentes, a capacidade instalada da indústria de materiais de construção tem oscilado entre 77% e 88%
Crédito: Pixabay

Os dados do Termômetro ABRAMAT, apresentados dia 30 de julho, mostram que a capacidade instalada das indústrias de materiais de construção volta ao patamar de 80%. Em janeiro de 2021, chegou a 77%; em fevereiro, 81%; em março e abril, 80%, e em maio e junho, 78%. Define-se como capacidade instalada o nível de atividade produtiva dentro de uma unidade industrial, em relação ao potencial máximo de produção que ela pode atingir. 

Existe a perspectiva de que nos próximos meses do 2º semestre haja a estabilização da capacidade instalada das indústrias de materiais de construção na faixa entre 80% e 90%. “O bom desempenho nas vendas ao mercado interno, indicado pelas nossas associadas, contribui para o aumento na utilização da capacidade instalada e reforça a percepção de aquecimento no mercado da construção, fomentando os investimentos que estão sendo realizados”, diz o presidente da ABRAMAT (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) Rodrigo Navarro, em nota publicada pela associação.     

Nos 12 meses recentes, a capacidade instalada da indústria de materiais de construção tem oscilado entre 77% e 88%. Os melhores índices foram alcançados no 2º semestre de 2020, quando a capacidade instalada escalou de 77% em agosto para 82% em setembro, 85% em outubro, 88% em novembro e voltou a 80% em dezembro. O desempenho compensou o 1º semestre de 2020, quando houve um forte recuo por causa da chegada da pandemia de COVID-19 

Em fevereiro de 2020, a capacidade instalada estava em 70% e em março do ano passado, quando começou a disseminação do vírus, caiu para 65%. O pior momento ocorreu em maio de 2020, quando baixou para 53%, e em abril, com 54%. Em junho e julho, já subiu para 64% e 74% da capacidade instalada, mantendo-se em crescimento ao longo do 2º semestre de 2020. Agora, a volta da capacidade instalada ao patamar de 80% anima os empresários.  

Mais de 70% dos empresários do setor estão dispostos a elevar a capacidade de produção  

Na mais recente medição, 71% deles disseram que têm a intenção de investir em suas unidades nos próximos 12 meses para elevar a capacidade de produção. “Com os números do Termômetro da ABRAMAT, é possível notar que o setor caminha para confirmar nossa revisão positiva de expectativa de crescimento da indústria de materiais de construção no ano”, completa Navarro. Recentemente, a associação dobrou o percentual de crescimento para 2021, de 4% para 8%. 

Na análise que faz em cima dos dados do Termômetro ABRAMAT, Rodrigo Navarro alerta que aspectos inerentes à vontade do setor podem trazer instabilidade, mas que o cenário atual é de confiança. “É preciso ressaltar que ainda há muitas incertezas, variáveis e externalidades que podem trazer impactos, como aumento na tarifa de energia, câmbio e flutuação do preço internacional das commodities, mas estamos trilhando o caminho certo para ter diagnósticos precisos, baseados em dados, com um diálogo transparente e propostas concretas”, aponta o presidente da associação. 

Segundo dados da ABRAMAT, as empresas associadas a ela empregam 620 mil trabalhadores formais. 

Entrevistado
Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT) 

Contato
abramat@abramat.org.br 

Jornalista responsável:
Altair Santos MTB 2330

11 de agosto de 2021

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