Canteiro de obras 4.0 já é realidade no Brasil

Sistema antecipa problemas que possam surgir no decorrer da construção e fornece dados para correções
10 de abril de 2019

Canteiro de obras 4.0 já é realidade no Brasil

Canteiro de obras 4.0 já é realidade no Brasil 1000 633 Cimento Itambé
canteiro de obras 4.0

Tiago Campestrini (centro) e sua equipe: criadores do primeiro modelo de canteiro de obras 4.0 do Brasil. Crédito: Prefeitura de Curitiba

Dentro do seminário “Os caminhos da inovação na construção civil”, o engenheiro civil Tiago Campestrini, CEO do Tecza e sócio-proprietário da Campestrini Tecnologia, mostrou que o canteiro de obras 4.0 já é realidade no Brasil. O conceito busca interligar e melhorar o desempenho de diversos processos ao longo da execução de um empreendimento. Através dos dados do BIM (Building Information Model) a tecnologia possibilita, por exemplo, usar a projeção do que se pretende construir para calcular a quantidade de material de construção a ser empregada na obra.

Além disso, o sistema antecipa problemas que possam surgir no decorrer da construção, como atrasos e desintegração de etapas. O canteiro de obras 4.0 também é personalizado, ou seja, pode ser configurado de acordo com as necessidades de cada cliente. “O Tecza surgiu com base em três pilares: processo, capacitação e ferramenta. O sistema é único no Brasil e oferece dados precisos e atualizados do acompanhamento e projeção da obra, economizando recursos financeiros, mão de obra e principalmente tempo”, ressalta Tiago Campestrini.

O sistema possibilita adotar o “canteiro de obras 4.0” em quatro semanas. É o tempo mínimo para que o software possa ser abastecido com os dados de gestão e controle da obra. O processo se dá em quatro etapas: implantação de modelos e planilhas, consultoria para uso da tecnologia na obra, acesso para gestão simultânea em mais obras e impacto do sistema no planejamento e controle do empreendimento. “Mais do que incentivar a racionalização, queremos oferecer alternativas, processos e padrões para estabilizar e tornar linear o processo construtivo, seja ele tradicional ou industrializado. A disrupção, para nós, é permitir que se faça melhor o que se faz bem. Nossas ferramentas são a tecnologia, a obsessão por dados e a paixão pelo problema”, completa Campestrini.

Ferramenta foi desenvolvida no Vale do Pinhão, em Curitiba-PR

A ferramenta foi desenvolvida no ecossistema de inovação do Vale do Pinhão, em Curitiba-PR. “Apostamos na cultura da inovação fomentada pelo Vale do Pinhão da Prefeitura de Curitiba, e com essas conexões queremos ampliar o nosso valor. É preciso que experimentem as soluções disponíveis e avaliem o impacto para resolver os problemas. Essa é a melhor forma de inovação”, reforça Campestrini.

Quando implantado, o Tecza oferece as seguintes vantagens:

1. Atualização do cronograma
A cada inspeção de obra, o sistema gera um novo cronograma. Assim, a equipe de planejamento sabe o que foi feito e o que precisa ser executado.

2. Medição automática
A cada tarefa aprovada, e com base na última medição, o sistema gera os relatórios de pagamentos aos empreiteiros, dispensando a consolidação em relatórios mensais.

3. Rastreabilidade de quantidades
O modelo BIM fornece todos os quantitativos de materiais, permitindo ainda rastrear os objetos e suas características tanto no modo planilha como em 3D.

4. Visão geral da obra
Dashboards com visão tática e operacional da obra permitem visualizar tarefas que estão em execução, que estão atrasadas e que foram reprovadas. Ela também controla a demanda de material.

Entrevistado
Reportagem com base na palestra do engenheiro civil Tiago Campestrini, CEO do Tecza e sócio-proprietário da Campestrini Tecnologia, durante o seminário “Os caminhos da inovação na construção civil”

Contato: cs@gotecza.com

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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