Dados do Sistema Confea/CREA e do CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo) revelam que o Brasil tem atualmente 368.930 engenheiros civis graduados, e com registro profissional ativo, e 202.588 arquitetos e urbanistas em condições de exercer a profissão.
Para esses profissionais, diminuíram as vagas formais de emprego, mas cresceram as que se enquadram dentro do regime PJ (Pessoas Jurídica). Segundo os recentes números de consultorias que acompanham o mercado de trabalho para engenheiros civis, em 2020 o aumento de oferta de vagas nessas condições chegou a 31% na comparação com 2019.
“Esse aumento de profissionais PJ no mercado de trabalho iniciou em abril de 2020. Por conta da pandemia, algumas empresas começaram a demitir em um primeiro momento, depois congelaram as vagas e, quando passaram a recontratar, lançaram mão do regime PJ”, diz a executiva da consultoria Revelo, Patrícia Carvalho, especializada em recrutamento, em entrevista ao jornal Valor Econômico.
Essa nova realidade já chegou também a quem se candidata a vagas de trainee. “É muito importante formar o engenheiro para empreender. A tendência é que seja cada vez menor o número de engenheiros que trabalham como empregados, mas será crescente o volume de oportunidades por projeto. Criar essa cultura do empreendedorismo é um desafio para as universidades. Não estamos aqui incentivando a “pejotização”, mas estimulando o empreendedorismo inovador”, afirma o presidente do Confea, o engenheiro civil Joel Krüger, ao participar do webinar Engenharia & Inovação, promovido pelo CREA-BA.
Em 2020, engenharia civil teve mercado de trabalho mais aquecido que arquitetura
O mesmo cenário se apresenta para os profissionais da arquitetura e urbanismo, que, ao contrário da engenharia civil, registraram queda no volume de contratações em 2020. De acordo com o CAU, os serviços do setor fecharam o ano passado com recuo de 6,3% na comparação com 2019. Mas 9 estados e o Distrito Federal tiveram crescimento nas atividades que envolvem a arquitetura e urbanismo. Foram Acre (+18%), Amazonas (+18%), Roraima (13%), Amapá (+6%), Mato Grosso (+13%), Goiás (+3%), Ceará (+6%), Sergipe (+4%), Paraná (+1%) e Distrito Federal (+6%). As maiores quedas aconteceram nos mercados de São Paulo (-13%), Rio de Janeiro (-21%) e Bahia (-21%).
A engenharia civil, ao contrário da arquitetura e urbanismo, teve o mercado de trabalho aquecido em 2020 por conta da quantidade de projetos desengavetados, e que resultaram em dezenas de instalações de canteiros de obras pelo país. “Conseguimos manter um bom nível de empregabilidade dos profissionais vinculados ao sistema Confea/CREA, apesar da pandemia”, comenta Joel Krüger.
Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados dia 28 de janeiro de 2021 pelo ministério da Economia revelam que a construção civil liderou o ranking de contratações em 2020 e fechou o ano com saldo positivo de 112.174, ou seja, contratou 1.570.835 trabalhadores e demitiu 1.458.661. Atualmente, o estoque de trabalhadores que atua no setor é de 2.279.099. O Caged considera em suas estatísticas apenas os empregos formais, com carteira de trabalho assinada.
Assista ao webinar Engenharia & Inovação, promovido pelo CREA-BA
Veja dados completos do mercado de trabalho para arquitetos e urbanistas
Entrevistado
Sistema Confea/CREA, Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) e ministério da Economia (via assessoria de imprensa)
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Jornalista responsável:
Altair Santos MTB 2330