Brasil ocupa topo do ranking imobiliário internacional

3 de fevereiro de 2012

Brasil ocupa topo do ranking imobiliário internacional

Brasil ocupa topo do ranking imobiliário internacional 150 150 Cimento Itambé

Mercado de escritórios e de condomínios logísticos industriais do país é indicado por associação de investidores estrangeiros
 

Por: Altair Santos

A Associação de Investidores Estrangeiros em Imóveis (Afire, sigla em inglês) divulgou recentemente um estudo que destaca o Brasil como o segundo país mais indicado para compras imobiliárias em 2012. O mercado de escritórios e de condomínios logísticos industriais desperta o interesse de 18,6% dos entrevistados. Só o desempenho dos Estados Unidos, apontado por 42,2% dos investidores, supera o brasileiro. “Isso é extremamente positivo para o país, pois vai atrair grandes fundos internacionais para o nosso mercado corporativo”, avalia a consultora Simone Santos. 

Simone Santos: "Investir em imóveis corporativos requer mais análises e mais estudos do investidor”.

Segundo a Afire, em todo o mundo o setor da construção civil voltado para imóveis comerciais receberá investimento de US$ 874 bilhões (R$ 1,52 trilhão). Deste volume de recursos, US$ 162,5 bilhões (R$ 284,3 bilhões) devem desembarcar no Brasil. A expectativa é que em São Paulo, apontada na pesquisa como a quarta cidade que mais receberá recursos para novos empreendimentos – atrás apenas de Nova York, Washington e Londres -, sejam investidos US$ 22,75 bilhões (R$ 39,81 bilhões) em 2012. “São Paulo deve capitanear, mas Rio de Janeiro, Recife, Salvador e Curitiba também despertam o interesse dos investidores”, diz Simone Santos. 

A consultora cita que aproximadamente 70% de todo estoque de empreendimentos previsto para ser entregue até o final do primeiro semestre de 2012 já foi previamente adquirido pelos investidores. Por isso, ela ressalta que o Brasil precisou impor uma velocidade maior na conclusão das obras, capacitando mais os trabalhadores do setor, além de resolver o problema da falta de terrenos para construir. “Um entrave que pode segurar esse volume de investimento é a falta de mão de obra, além da valorização dos terrenos. Este assédio dos investidores pode gerar especulação e se tornar um impeditivo para que determinadas regiões se aproveitem deste bom momento”, comenta. 

No entender de Simone Santos, apesar dos recursos que estão chegando ao Brasil, o mercado corporativo não irá se sobrepor em volume ao setor de empreendimentos  residenciais. A consultora destaca que os dois segmentos se comportam de maneira diferente. “Enquanto o residencial é mais varejo, o corporativo requer mais análises, mais estudos. O investidor é diferenciado. Ele busca características que atendam as corporações, como localização da obra, pontualidade e, hoje em dia, empreendimentos sustentáveis”, afirma. 

A pesquisa encomendada pela Afire foi realizada pelo centro de Real Estate James A. Graaskamp, da Escola de Negócios de Wisconsin. 

Confira os gráficos que apontam a boa posição do Brasil no mercado imobiliário internacional (clique nas imagens para ampliar): 

 

 

Entrevistada
Simone Santos, diretora de serviços corporativos da Herzog Imóveis Industriais e Comerciais
Currículo
– Graduada em direito pela UNIP (Universidade Paulista)
– Ocupa o cargo de diretora de serviços Corporativos da Herzog Imóveis Industriais e Comerciais há 14 anos
– Tem especialidade em consultoria, pesquisa, avaliações comerciais e tenant representation.
Contato: simone@herzog.com.br / www.herzog.com.br 

Créditos foto: Divulgação 

Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330
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