O objetivo é avaliar as principais preocupações dos profissionais de gestão de pessoas em relação ao futuro da atividade.
Pelo segundo ano consecutivo, o Brasil integra a pesquisa global promovida pela Federação Mundial das Associações de Gestão de Pessoas (WFPMA), em parceria com o Boston Consulting Group (BCG), para avaliar as principais preocupações dos profissionais de gestão de pessoas em relação ao futuro da atividade. No Brasil, a pesquisa é coordenada pela ABRH-Nacional, que apresentará os resultados em setembro de 2010.
Segundo Michel Leicht, líder de projetos do BCG e um dos responsáveis pela pesquisa desde 2008, se considerarmos a estratégia, as métricas e os Recursos Humanos como os três vértices de um triângulo, é fato que os links entre estas atividades na maioria das empresas encontram-se rompidos ou inexistentes. Quando há conexão entre estes aspectos, as áreas de Recursos Humanos conseguem avaliar claramente quantos e que tipo de profissionais vão precisar nos próximos 5, 10 ou 15 anos em função de uma estratégia de negócio claramente definida, o que se revela um fator de diferenciação mercadológica, explica.
Em 2009, a principal preocupação de mais de 4 mil profissionais de gestão de pessoas em 83 países dizia respeito à gestão de talentos – uma competência pouco encontrada nas empresas e de elevada importância para o futuro. Segundo Ralph Arcanjo Chelotti, presidente da ABRH-Nacional, a pesquisa tem revelado que as preocupações dos profissionais de gestão de pessoas no Brasil são muito similares, para não dizer idênticas, às de profissionais no resto do mundo, o que reflete a inserção do país na globalização.
No Brasil, um dos aspectos mais apontados pelos profissionais de gestão de pessoas diz respeito à busca por um maior equilíbrio entre vida pessoal e trabalho, o que diz respeito à qualidade de vida. Isso significa que as pessoas têm trabalhado muito e dedicado pouco tempo à vida em família, o que termina por impactar negativamente a qualidade do trabalho. Mas aqui ainda nos preocupamos muito com o desenvolvimento de lideranças, pois os líderes, de forma geral, ainda estão isolados e decidem por impulso, o que é ruim para os negócios, assinala Chelotti.
Com o título O futuro global das áreas de Recursos Humanos, a pesquisa começou a ouvir profissionais do segmento em mais de 80 países a partir do dia 1.º de dezembro do ano passado.
Fonte: e-Press Comunicação