Acordo possibilita uso de CDRU como combustível em cimenteiras

Projeto prevê a adequação das fábricas de cimento e a construção de unidades de preparo do CDRU em Curitiba
28 de junho de 2023

Acordo possibilita uso de CDRU como combustível em cimenteiras

Acordo possibilita uso de CDRU como combustível em cimenteiras 800 400 Cimento Itambé
O Consórcio é responsável pela implementação do projeto em 24 municípios da região de Curitiba.
Crédito: Ricardo Marajó/Prefeitura de Curitiba

A região metropolitana de Curitiba está empenhada em promover uma abordagem mais sustentável em relação ao gerenciamento de resíduos. Recentemente, o Consórcio Intermunicipal para Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos (CONRESOL) e a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) assinaram um acordo de cooperação técnica para possibilitar o tratamento adequado dos resíduos sólidos dos municípios participantes, a fim de produzir CDRU (Combustível Derivado de Resíduos Urbanos). Este material, por sua vez, será utilizado como combustível nas cimenteiras localizadas na região. O Consórcio é responsável pela implementação do projeto em sua região de atuação, composta por 24 municípios

“Com investimentos privados que podem chegar a R$ 500 milhões, o projeto prevê a adequação das fábricas de cimento e a construção de unidades de preparo do CDRU. Além disso, a iniciativa tem potencial para gerar cerca de 400 novos postos de trabalho, contribuindo para o desenvolvimento econômico da região. As três fábricas de cimento instaladas na região possuem capacidade para consumir anualmente cerca de 200 mil a 300 mil toneladas de CDRU”, explica Daniel Mattos, head de Coprocessamento da ABCP. 

Mattos aponta que para o recebimento do CDRU, as fábricas de cimento precisam passar por adequações e os investimentos estão voltados principalmente às instalações de armazenamento, transporte, manuseio, sistema de dosagem e de combustão.

Benefícios do Combustível Derivado de Resíduos Urbanos

Para Mattos, o CDRU representa uma grande oportunidade para o setor cimenteiro e para a sociedade como um todo. “Trata-se de um substituto energético do coque de petróleo, utilizado como combustível para a fabricação de cimento, que traz inúmeros benefícios ambientais e sociais. Com a substituição do coque de petróleo pelo CDRU, é possível reduzir significativamente as emissões de carbono, contribuindo para a mitigação dos impactos das mudanças climáticas”, destaca Mattos.

Além disso, Mattos lembra ainda que o coprocessamento de novas fontes energéticas e renováveis nas fábricas de cimento ajuda a diminuir a quantidade de resíduos dispostos em aterros sanitários, evitando passivos ambientais e problemas de saúde pública.

Na opinião de Mattos, o setor cimenteiro pode colaborar no aumento da vida útil dos aterros sanitários e industriais. “Ademais, fomenta o progresso dos níveis de reciclagem, com a recuperação de áreas contaminadas, além da redução de emissão do gás metano, cerca de 25 vezes mais poluente que o CO2. Portanto, este acordo traz um enorme potencial para ampliar as discussões e achar alternativas viáveis para que os investimentos necessários para uma destinação ambientalmente mais adequada ocorram na cadeia como um todo, trazendo, portanto, benefícios concretos ao meio ambiente e à sociedade”, afirma.

Fonte: 
Daniel Mattos é Head de Coprocessamento da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP). 

Contato:
Assessoria de imprensa ABCP: daniela.nogueira@fsb.com.br

Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP

28 de junho de 2023

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