Temas como sustentabilidade, inovação e qualidade do cimento Portland serão destaque no evento que acontece em maio de 2014
Por: Altair Santos
O investimento em ampliação e modernização do parque industrial cimenteiro do Brasil estimulou a ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland) a retomar o Congresso Brasileiro do Cimento. O evento, que não acontecia desde 1999, terá sua 6ª edição em maio de 2014. O anúncio oficial ocorreu no dia 19 de junho de 2013, em São Paulo, e o encontro é visto como a oportunidade para reunir especialistas nacionais e internacionais do setor, a fim de que sejam debatidos temas prioritários para a indústria de cimento. Entre eles, inovação, produção com qualidade e sustentabilidade ambiental.
A edição 2014 do Congresso Brasileiro do Cimento (CBC) se desenvolverá em dois dias, em meio a atividades plenárias (conferências e palestras) e, simultaneamente, reunirá em 40 estandes empresas fornecedoras de serviços, produtos e equipamentos para fabricação de cimento. A agenda do CBC terá a seguinte organização:
1. Manutenção, modernização e ampliação de fábricas de cimento.
2. Inovação em processos de fabricação de cimento.
3. Mudanças climáticas e meio ambiente: metodologia e inventário de emissões, logística reversa, legislação, recuperação de áreas entre outros.
4. Normalização e qualidade do cimento Portland.
5. Combustíveis e energia: coprocessamento, blendeiros (fornecedores de combustíveis alternativos) e outros.
6. Refratários: produtos e processos.
7. Equipamentos de controle de poluição: analisadores online.
8. Sistemas de pesagem e transporte.
9. Sistemas de britagem e moagem: moinhos, corpos moedores, placas classificatórias e outros.
10. Cimento e a construção sustentável.
O congresso está desenhado para atender aos profissionais e grupos cimenteiros que atuam no Brasil. No entanto a ABCP não descarta que o evento desperte interesse de grupos estrangeiros interessados em prospectar oportunidades no país. “Em todos os segmentos industriais, principalmente da importância como o de cimento, há sempre movimentações para fusões e surgimento de novos players. Mesmo em se tratando de um setor de capital intensivo e cuja maturação é larga, sempre existe a possibilidade de que surjam novos grupos. Se até pouco tempo atuavam dez, hoje já existem quinze no país. Recentemente, tivemos a chegada de um grupo português, pela aquisição de uma planta industrial, do mesmo modo que outro grupo português que atuava no Brasil foi adquirido por um grupo brasileiro. O setor do cimento é propenso a movimentações, assim como outros setores”, cita Hugo da Costa Rodrigues Filho, gerente de comunicação da ABCP.
Sobre o longo período de interrupção do CBC – a 5.ª edição ocorreu em 1999 -, a ABCP justifica que nos anos 2000 a associação se voltou para a “tecnologia depois do saco”. Isto é, a aplicação dos sistemas construtivos à base de cimento. “A indústria brasileira na oportunidade, já moderna e consolidada, demandava menos a necessidade de fóruns técnicos, como o congresso, que reunissem as inovações na área de produção do cimento, o que permitiu a decisão de interromper a promoção do evento, sem prejuízo de nossa indústria”, aponta Hugo Rodrigues. No entanto, temas como controle de emissões, combustíveis alternativos, coprocessamento de resíduos, normalização e produtos e níveis diferenciados de adições, que passaram a ter forte influencia na competitividade do setor, estimularam a ABCP a retomar o CBC.
Entrevistado
Associação Brasileira de Cimento Portland (via assessoria de imprensa)
Contato: abcp@abcp.org.br
Créditos fotos: Divulgação/ABCP