Nova geração de máquinas qualifica artefatos de cimento
Equipamentos importados levam fabricantes a atingir novos patamares em termos de qualidade, acabamento e durabilidade de seus produtos
Equipamentos importados levam fabricantes a atingir novos patamares em termos de qualidade, acabamento e durabilidade de seus produtos
Por: Altair Santos
Prestes a completar 10 anos, o Programa de Desenvolvimento Empresarial (PDE) é um dos propulsores da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland) para melhorar a produção e a qualidade dos artefatos de concreto fabricados no Brasil. O objetivo é manter o setor bem treinado, levando inovações e orientando sobre a necessidade de manter as fábricas sempre atentas aos avanços tecnológicos. Na recente edição do Concrete Show, realizada no final de agosto na cidade de São Paulo, engenheiros que integram o PDE procuraram destacar a nova geração de máquinas que chegam ao mercado brasileiro para qualificar os artefatos de cimento.
Os equipamentos – alguns deles expostos no Concrete Show – tiram o segmento da era artesanal para lançá-lo numa fase de escala industrial. No Brasil, as máquinas fabricadas na Espanha e nos Estados Unidos estão entre as que mais têm conseguido crescer neste mercado. Além de permitir 100% de automação do processo industrial, o maquinário ainda promove a paletização do produto, facilitando o transporte e a logística de armazenamento dentro da fábrica. Outra vantagem desta nova geração de equipamentos é que eles facilitam a produção de artefatos com dupla camada, além de permitir geometrias variadas e oferecer maiores alternativas para a pigmentação.
No Concrete Show foi mostrado o case da ConcrEpoxI, empresa localizada em Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco. Três anos antes de instalar a unidade, a empresária Renata Gaudêncio, de 34 anos, matriculou-se no PDE para absorver o máximo de conhecimento. Junto com um grupo de engenheiros da regional Norte e Nordeste da ABCP, ela também esteve em Barcelona, na Espanha, para participar de congressos e feiras voltadas ao artefato de cimento. Foi lá que sentiu a necessidade de ter em sua fábrica máquinas que lhe permitisse produzir elementos inovadores e com qualidade. “Tentei fugir do conceito mais do mesmo, que muitas vezes permeia o setor”, explicou.
Menos commodities, mais sofisticação
Durante a fase de instalação da fábrica, Renata Gaudêncio, cuja formação está ligada à arquitetura, teve constante assessoria de Eduardo Moraes, que é gerente regional da ABCP para o Norte e Nordeste. “Uma das inovações deste case que trouxemos para o Concrete Show é que houve investimento em equipamentos que possibilitassem inovar no design e na diversidade do tamanho das peças”, relatou o engenheiro. “Sabemos que o consumidor não quer mais comprar commodities. Ele quer inovação, beleza e preço adequado”, completou Renata Gaudêncio.
Não basta, no entanto, apenas investir em máquinas. No segmento de artefatos de concreto é fundamental também ter o controle de qualidade e o atendimento às normas técnicas. Além disso, observar as demandas do mercado, e muitas vezes antecipá-las, também facilita a ação do fabricante. “O que tentamos fazer foi levar o pavimento intertravado de concreto para dentro das garagens das casas e para o hall de entrada dos hotéis. Também estamos presentes nas calçadas e nas praças, mas oferecemos produtos para quem busca sofisticação”, finalizou Renata Gaudêncio.
Entrevistados
Engenheiro civil Eduardo Moraes, gerente regional da ABCP para o Norte e Nordeste
Arquiteta Renata Gaudêncio, empresária e diretora da ConcreEpoxI
Contatos
eduardo.moraes@abcp.org.br
comercial@concrepoxiartefatos.com.br
Crédito Foto: Divulgação/ConcrEpoxI
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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