Manual do Sinduscon-SP propõe soluções para atrair e reter mão de obra na construção civil

Com envelhecimento da força de trabalho e baixa adesão de jovens, documento orienta sobre atração, retenção e valorização de talentos

A construção civil brasileira enfrenta um dos seus maiores desafios: a renovação da mão de obra. Dados do IBGE projetam que, até 2070, a população entre 50 e 75 anos será maioria, enquanto o número total de habitantes diminuirá. Esse panorama já é sentido nos canteiros de obras, onde a média de idade dos trabalhadores gira em torno de 43 anos.

A escassez de jovens no setor compromete prazos, produtividade e a capacidade de inovação. “Há uma deficiência enorme no ingresso de jovens no setor. A grande incidência de atrasos nas obras e a procura crescente por mão de obra de qualidade evidenciam esse cenário”, alerta David Fratel, engenheiro civil e diretor de Gente no Comitê de Tecnologia e Qualidade do SindusCon-SP.

Construção civil vive um momento de reinvenção, com forte avanço na industrialização de sistemas construtivos
Crédito: Envato

Estratégias para valorizar e reter profissionais

Diante desse cenário, o SindusCon-SP desenvolveu o Manual de Boas Práticas em Gestão de Pessoas na Construção Civil , com foco em tornar o setor mais atrativo, especialmente para a Geração Z, composta por pessoas nascidas entre 1995 e 2010.

O material propõe estratégias para atrair, reter e valorizar profissionais, reconhecendo que o perfil do trabalhador mudou e que novas abordagens são necessárias. “A chegada da Geração Z exige mais inovação, colaboração, além de valorizar propósito social e uso intensivo de tecnologia”, afirma Fratel. 

Segundo ele, o setor precisa se modernizar, adotar práticas inclusivas e valorizar o desenvolvimento humano. Já o jovem precisa entender que a construção civil está se modificando para recebê-lo.

Como atrair jovens para o setor

A principal frente de ação é a mudança na imagem do setor. Para Fratel, a construção civil vive um momento de reinvenção, com forte avanço na industrialização de sistemas construtivos, digitalização e soluções sustentáveis. “Isso gera ambientes mais organizados, seguros e produtivos, mais alinhados ao perfil da nova geração”, destaca.

Ambiente e cultura para reter talentos

Para manter os profissionais no setor, o manual destaca a importância de um ambiente de trabalho estruturado. Isso inclui desde a oferta de planos de carreira e remunerações atrativas, até ações de saúde, segurança e bem-estar. Transparência, oportunidades multidisciplinares e valorização constante também são pilares. “O jovem precisa de clareza, movimento e reconhecimento. Um bom ambiente de trabalho, aliado à capacitação constante, é chave para reter talentos”, explica Fratel.

Soluções práticas para a modernização da gestão de pessoas

O documento também propõe ações concretas de gestão, como a construção de uma cultura organizacional sólida, estratégias de experiência do colaborador, programas de endomarketing e canais de comunicação mais eficientes.

“Uma cultura ética e positiva aumenta a satisfação no trabalho. Isso passa por engajamento, diversidade, gestão de clima e um ambiente físico inspirador. A experiência do colaborador precisa ser pensada desde o recrutamento até o desligamento”, defende o diretor.


O Manual de Boas Práticas representa uma ferramenta estratégica para enfrentar o déficit de mão de obra qualificada e promover a sustentabilidade da construção civil. Mais que atrair profissionais, o objetivo é transformar a forma como as empresas se relacionam com seus colaboradores. “Mais do que um emprego, o setor oferece um caminho. Precisamos de mentes criativas e jovens dispostos a construir o futuro das cidades e do país”, finaliza Fratel.

Entrevistado
David Fratel é engenheiro civil e diretor de Gente do Comitê de Tecnologia e Qualidade do SindusCon-SP.

Contato
rmontagnini@sindusconsp.com.br (Assessoria de Imprensa)

Jornalista responsável
Ana Carvalho
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