Itambé investe em tecnologia para construir silo de clínquer
Obra faz parte da linha 3 da Companhia e utiliza o sistema de formas deslizantes, além de um concreto diferenciado em sua estrutura.
Obra faz parte da linha 3 da Companhia e utiliza o sistema de formas deslizantes, além de um concreto diferenciado em sua estrutura
Por: Altair Santos
A demanda por cimento no Brasil tem levado o setor a investir em seus complexos industriais. Com a Cia. de Cimento Itambé não é diferente. No 1.º semestre de 2012, a empresa planeja inaugurar uma nova linha de produção de clínquer. As obras estão em pleno desenvolvimento e serão concluídas com a instalação do terceiro forno na fábrica de Balsa Nova, na região metropolitana de Curitiba.
As principais etapas da obra do novo forno são:
– Torre de pré-aquecimento (ciclones) de 125 m de altura
– Moagens de combustível e matéria prima
– Silo de armazenamento de matéria prima
– Silo de armazenamento de clínquer
– Resfriador
– Forno
– Filtros
“A principal peculiaridade deste tipo de obra é a complexidade das construções em concreto e a proximidade entre elas”, explica o engenheiro civil Paulo Vinicius Bressani, Coordenador das obras do Projeto da Linha 3 da Cia. de Cimento Itambé. Segundo ele, o pico da obra, que se dará daqui a dois meses, deverá envolver pelo menos 1.500 trabalhadores.
Uma das obras de maior vulto da nova linha de produção é o silo de clínquer, que tem 42 metros de diâmetro e 37 metros de altura, parte em concreto. Para construí-lo, foi usado o processo de forma deslizante contínua, que permitiu a concretagem da parede do silo. O equipamento se movimenta através de macacos hidráulicos, a uma velocidade de 13 centímetros por hora, e usa como base de apoio a própria parede recém construída. “Conforme o concreto ganha resistência, acionam-se os macacos hidráulicos e desliza-se a forma, num processo contínuo de concretagem”, revela Bressani.
A tecnologia de forma deslizante é uma das mais usuais no Brasil para a construção de silos, por permitir velocidade na construção. No caso da obra da Cia. de Cimento Itambé, foram 11 dias ininterruptos de concretagem, que consumiram cerca de 2,5 mil m³ de concreto na parede do silo totalizando um volume de cerca de 12,5 mil m³. Depois de concluído o silo terá capacidade para armazenar 56 mil toneladas de clínquer.
Esta é uma das etapas da construção da Linha 3, que tem outras obras sendo construídas em paralelo, outra obra que utiliza o sistema de forma deslizante é o silo de farinha que terá 63 metros de altura.
“Como são obras de grande porte em concreto, e próximas umas das outras, o planejamento criterioso para construí-las é fundamental”, relata Bressani, contando que o complexo de edificações da linha três já consumiu cerca de 25 mil m³ de concreto, transportados em mais de 3100 viagens de caminhão betoneira.
Segundo o gerente de desenvolvimento técnico da Cia. de Cimento Itambé – Divisão Concreto (Concrebras), Jorge Christófolli, – responsável pela formulação do concreto usado para erguer o silo de clínquer – só na base da construção foram lançados 3.200 m³ de concreto. O planejamento da obra envolveu duas centrais de concreto, 25 caminhões, três bombas-lança e 50 horas ininterruptas de execução.
“Precisávamos de um concreto que gerasse pouco calor durante a cura, para que ele não apresentasse fissuras”, disse Christófolli. “Por isso, optou-se pelo cimento CP IV-32, com adição pozolana, e uso de sílica ativa e aditivos estabilizantes na formulação do material”, completou.
Assista ao vídeo da etapa da Concretagem da base do silo de armazenamento de clínquer da linha 3 da Cia. de Cimento Itambé.
Leia mais sobre a Concretagem da base do silo de clínquer da linha 3
Entrevistados
Paulo Bressani
Currículo
– Graduado em Engenharia Civil pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR)
– Coordenador das obras do Projeto da Linha 3 da Cia. de Cimento Itambé
Contato: paulo.bressani@cimentoitambe.com.br
Jorge L. Christófolli
Currículo
– Engenheiro civil pela Faculdade de Engenharia de São Paulo (FESP – SP)
– Pós-graduado em patologia das construções pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
– Mestre em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Paraná (UFPR)
– Gerente de Desenvolvimento Técnico da Cia. de Cimento Itambé – Divisão Concreto – Concrebras
Contato: jorge@concrebras.com.br
Créditos: Cimento Itambé
Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330
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