IoT chega aos equipamentos de proteção individual

Monitoramento permite coletar informações sobre tempo de utilização, atividade à qual se destina e quem está usando
30 de janeiro de 2019

IoT chega aos equipamentos de proteção individual

IoT chega aos equipamentos de proteção individual 150 150 Cimento Itambé

Os equipamentos de proteção individual (EPIs) estão entrando na era da Internet das Coisas (IoT, do inglês Internet of Things). Usando a tecnologia RFID (Identificação por Radiofrequência) luvas, capacetes, óculos de proteção, mangotes, roupas-antichama, botas, coletes, cintos e outros acessórios podem transmitir informações em tempo real sobre uso correto dos equipamentos, situação de risco na obra, localização do profissional no canteiro, tempo trabalhado, produtividade e qualidade.

Cada EPI possui uma etiqueta RFID com sua identificação. O cadastro de todos os equipamentos, com informações sobre tempo de utilização, atividade à qual se destina e funcionário que está usando, fica armazenado em uma base de dados. Quando o trabalhador recebe a ordem para executar determinado serviço, o sistema identifica os EPIs necessários para aquela atividade e envia o arquivo com a lista para um leitor RFID portátil.

Por meio de radiofrequência, o leitor capta a identificação das etiquetas RFID dos EPIs, compara com a lista de referência recebida e alerta as equipes de gestão de segurança do trabalho quando detecta a falta de algum EPI necessário à execução do serviço. Todas as informações ficam disponíveis, o que facilita o planejamento de recursos, o gerenciamento de equipes e o controle da vida útil dos equipamentos.

Tecnologia já está em uso na construção civil brasileira

No Brasil, duas empresas já utilizam EPIs conectados à IoT: a CCDI (Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário) e a Coelce, distribuidora de energia elétrica do Ceará. Segundo o diretor da CCDI, Luís Iervolino, os equipamentos possibilitam o monitoramento em tempo real de profissionais no canteiro de obras, quantificando tempo trabalhado, permanência em áreas de trabalho e produtividade individual dos colaboradores.

A tecnologia RFID também é aplicada na gestão de materiais de construção. “O desperdício é reduzido drasticamente”, assegura Luís Iervolino, que relatou o case de sua empresa no IV Encontro de Construtores e Incorporadores do Secovi-SP. A Identificação por Radiofrequência torna mais preciso o controle do estoque, o que faz minimizar os custos com reposições desnecessárias e perdas de materiais por conta de degradação e desgaste.

Com a adoção das novas tecnologias, a CCDI conseguiu, entre outros resultados positivos, diminuir de quatro para um chamado de assistência técnica no primeiro ano de entrega de seus imóveis e reduzir o equivalente a uma árvore o impacto ambiental por torre construída. Na Coelce, houve redução de acidentes de trabalho e diminuição de ações para corrigir erros na execução de tarefas.

Para o uso da Internet das Coisas em equipamentos de proteção individual e no controle do estoque do canteiro de obras é imprescindível investimento em Tecnologia da Informação. Até porque, a entrada da IoT no dia a dia da construção civil, assim como outros setores da economia, é caminho sem volta. Há 10 anos havia cerca de 6 bilhões de equipamentos conectados. Hoje, o número já ultrapassa os 20 bilhões e, até 2021, deve ultrapassar a marca de 50 bilhões de dispositivos interligados em todo o mundo.

Entrevistado
Reportagem com base na palestra “IoT para o gerenciamento da produtividade na construção civil”, no IV Encontro de Construtores e Incorporadores do Secovi-SP

Contato: aspress@secovi.com.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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