Shopper assume protagonismo na hora de fechar negócio

Quem vende precisa identificar esse novo consumidor, que é quem decide o que, quando, quanto e como comprar
17 de abril de 2019

Shopper assume protagonismo na hora de fechar negócio

Shopper assume protagonismo na hora de fechar negócio 520 310 Cimento Itambé
era da experiência

Para Fátima Merlin, varejo vive a “era da experiência” e da diversidade de consumidores e de produtos. Crédito: Cia. de Cimento Itambé

O cliente continua valorizado na cadeia de consumo, mas há um novo protagonista na hora de decidir a compra: o shopper. A tradução literal do inglês é comprador, mas a definição é mais abrangente. É esse personagem quem efetivamente realiza a compra. Ele decide o que, quando, quanto e como comprar, além de interagir com o vendedor e fazer o pagamento. Muitas vezes, o shopper não é nem quem vai consumir o produto, mas ele é o designado a finalizar a compra. Por isso, o foco de quem vende deve se voltar para esse protagonista. O motivo: é o shopper quem está diretamente sujeito às influências exercidas pelo ambiente da loja, como experiência de compra, conveniência, preço e variedade de produtos.

Mas, afinal, como identificar um shopper dentro da loja? Segundo a economista e especialista em marketing Fátima Merlin, boa parte dos shoppers hoje é formada por mulheres e jovens até 25 anos. Na palestra “A nova economia, o Shopper do futuro e aspectos relevantes da economia feminina”, a profissional citou pesquisa que mostra o quanto as empresas devem estar atentas a esse novo tipo de consumidor. Para 72% deles, a preferência de compra é dada às empresas que “cumprem aquilo que prometem”, “não oferecem riscos à saúde e ao meio ambiente” e são “coerentes na execução e na entrega do que se propõem a vender”. “Os clientes estão mais seletivos. Vivemos a Shoppercracia”, destaca a palestrante.

Outro dado relevante da pesquisa coordenada pela Connect Shopper e pelo Youpper, e que envolveu 2 mil consumidores e shoppers, é que responsabilidade social, ambiental e econômica são valores considerados cruciais para 63% dos entrevistados. “Estamos vivendo em uma economia pautada por valores. Nesse novo momento, é importante promover, construir e disseminar estratégias de varejo que valorizem as seguintes características: acolhimento, proximidade, orientação às pessoas, atenção ao ambiente, forte tendência à cooperação, ações inclusivas e empatia”, diz Fátima Merlin.

Internet e suas redes sociais potencializam diversidades que transformam o varejo

Ainda em sua palestra, que ocorreu no espaço Núcleo de Conteúdo – evento dentro da FEICON 2019 -, Fátima Merlin reforçou que o desafio não é ser gênero, cor ou raça, mas seres humanos. “É a diversidade que maximiza o resultado”, destaca a palestrante, para quem a diversidade não se limita aos consumidores mais exigentes e mais seletivos, mas também às mercadorias. “Há 20 anos, um varejo de alimentação em um espaço com 2 mil metros quadrados trabalhava com 5 mil itens. Hoje, esse varejo atua com 25 mil itens. Na construção civil não é diferente”, completa.    

Para Fátima Merlin, o varejo vive a “era da experiência”. “Todos estão propensos a experimentar. Então, a diversidade envolve também a quantidade de produtos disponíveis para o consumidor fazer seus experimentos”, afirma. A palestrante destaca ainda que a internet e suas redes sociais potencializam as informações sobre produtos, serviços e lojas, estimulando a diversidade do consumo. “A forma de comprar foi alterada e isso mudou também a forma como as empresas realizam negócios”, finaliza.

Entrevistado
Reportagem com base na palestra “A nova economia, o Shopper do futuro e aspectos relevantes da economia feminina”, de Fátima Merlin, e concedida dentro do espaço Núcleo de Conteúdo, na FEICON 2019

Contatos
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grau10@grau10.com.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
17 de abril de 2019

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