Fabricação de cimento baliza sinais econômicos
Crescimento do setor fica abaixo do esperado em 2013, mas expectativa de que obras de infraestrutura saiam do papel no novo ano animam indústria
Crescimento do setor fica abaixo do esperado em 2013, mas expectativa de que obras de infraestrutura saiam do papel no novo ano animam indústria
Por: Altair Santos
Em 2013, o desempenho da indústria de cimento no Brasil foi um pouco superior ao do PIB (Produto Interno Bruto) nacional. Alcançou crescimento de 2,7% no acumulado de 12 meses, contra 2,3% de tudo o que o país produziu no mesmo período. Para o presidente do SNIC (Sindicato Nacional da Indústria do Cimento) José Otávio Carneiro de Carvalho, o indicador ficou abaixo do que previa o setor – esperava crescer 4% -, mas serviu para sinalizar que a atividade econômica precisa de novos impulsos em 2014, a fim de obter taxas mais elevadas de desenvolvimento. “A produção de cimento serve como indicador antecedente da atividade da economia, e é usada por diversos organismos públicos, como Banco Central, secretarias de planejamento, bancos de investimento e consultores. Por isso, mostra que será preciso mudar esse viés em 2014″, diz.

Para o presidente, no novo ano a expectativa da indústria cimenteira é de que o crescimento atinja patamares entre 3% e 4%. Dois motivos fazem José Otávio Carneiro de Carvalho acreditar nestes números: as concessões de estradas, ferrovias, portos e aeroportos à iniciativa privada, o que finalmente deve tirar do papel um volume grande de obras, e os investimentos do setor para aumentar a capacidade instalada de fabricação de cimento. “Há novos projetos anunciados, e em execução, e que irão aumentar o potencial da indústria. Além disso, a infraestrutura é meio fundamental para o crescimento do país e da indústria do cimento. Há uma necessidade de investimentos que eliminem gargalos e fomentem a demanda. O Brasil precisa de um programa sustentável de investimento em infraestrutura para voltar a crescer”, avalia.
No entender do SNIC, a expectativa de que 2014 será o ano das obras de infraestrutura deverá compensar a previsão de queda no setor da construção civil voltado para o mercado imobiliário. “Acreditamos que poderá haver uma desaceleração nos lançamentos imobiliários”, estima José Otávio Carneiro de Carvalho, lembrando que o crescimento do setor em 2013 colocou em risco a posição do Brasil no ranking mundial de produção de cimento, onde o país ocupa a 4ª colocação. “O Irã já nos ameaça. Aliás, foi o país que mais se destacou pela produção e pelo consumo de cimento em 2013. Já a Espanha foi a que mais caiu no ano”, revela. Mesmo assim, o dirigente estima que o Brasil atingirá a produção anual de 70 milhões de toneladas de cimento e consumo aparente próximo de 71 milhões. Quando esta reportagem foi finalizada, os números oficiais do SNIC ainda não haviam sido anunciados.
Entrevistado
José Otávio Carneiro de Carvalho, presidente do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), engenheiro de produção, com pós-graduação em engenharia econômica, e larga experiência no setor da indústria do cimento.
Contatos
secretaria@snic.org.br
snic@snic.org.br
www.snic.org.br
Crédito Foto: Divulgação/SNIC
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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