Executivos discutem influência dos juros e da reforma tributária no mercado imobiliário
Evento promovido pela Comissão da Indústria Imobiliária faz projeções para o setor
Executivos de alguns dos principais bancos brasileiros participaram da 1ª Rodada de Negócios Imobiliários de 2023, realizada em 3 de março pela Comissão da Indústria Imobiliária (CII), da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O objetivo foi discutir questões atuais relacionadas aos juros e à reforma tributária – e sobre como esses assuntos podem impactar o mercado imobiliário.
Representantes do Bradesco, do Itaú Unibanco e do Santander estiveram presentes no encontro, que, segundo o presidente da CII, Celso Petrucci, foi uma grande oportunidade para tratar de propostas inovadoras para o ambiente de negócios. “A participação dos executivos dos bancos é importante e estratégica para a compreensão do cenário como um todo e para pensar caminhos viáveis para melhores créditos imobiliários, especialmente para pequenas e médias empresas”, afirmou.
Durante o evento, o superintendente do Itaú Unibanco, Milton d’Ávila, disse que os últimos dois anos foram os melhores em relação à concessão de crédito imobiliário e que, “ainda que 2023 seja um cenário desafiador, ainda é possível que seja o terceiro maior ano da história”.
Segundo ele, a expectativa é o aumento do número de canteiros de obras nos próximos dois anos, e, sobre o custo de mão de obra, garante que o pior já passou. “Os juros estão mais altos, mas a conta ainda fecha. Como as vendas estão ocorrendo, a gente deve passar com muito mais tranquilidade do que em 2014 e 2017″, destaca o executivo. “As empresas se reinventaram e estão investindo em governança, com um alto nível de organização, profissionalismo e menor número de dívidas.”
D’Ávila também destaca o subsídio de taxa para projetos sustentáveis oferecido pelo banco, em uma iniciativa chamada plano empresário verde. “Já são R$ 3 bilhões em financiamentos de projetos dessa modalidade”, explica.
O diretor de Crédito Imobiliário do Bradesco, Romero Albuquerque, disse que a reforma tributária, as definições de agendas do governo e seus impactos sobre os índices fiscais serão determinantes para as futuras decisões advindas das negociações com os incorporadores. E afirmou que, mesmo que em 2022 os lançamentos imobiliários tenham caído em torno de 8% e as vendas em cerca de 3%, não há sobreoferta de imóveis. “Se a gente parasse hoje, o estoque acabaria em novembro, a nível nacional. É um mercado ainda saudável.”
Durante a Rodada de Negócios, o executivo de Negócios do Santander, Sandro Gamba, aproveitou para falar sobre as modalidades de financiamento, explicando que, no caso de pessoas físicas, o banco privilegia aquelas que utilizem recurso do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). “Vimos que, em janeiro de 2023, a saída da poupança foi recorde, então entendemos que esse cenário pode continuar”, explicou. “A gente tem que discutir outras propostas e formatos para a garantia dos próximos financiamentos”, completou.
Ainda sobre o assunto, Celso Petrucci pontuou que, hoje, as maiores operações bancárias são as de crédito imobiliário, principalmente as de pessoa física. “É a carteira com maior garantia e com menor inadimplência. Uma das operações mais seguras.”
Fontes
Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)
Jornalista responsável
Fabiana Seragusa
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